O operador industrial Roberto Germano trabalha em uma empresa local e convive com colegas surdos. A comunicação entre eles sempre foi difícil, mas longe de ser impossível. “Eu sabia um pouco do alfabeto, mas ficava complicado conversar.” Agora, esse contato ficou mais fácil e, é claro, os aproximou. Isso foi possível porque Roberto é um dos quase 30 alunos formados no Curso Básico de Libras, promovido pela Escola do Legislativo da Câmara Municipal. Depois de dez encontros, sempre às segundas-feiras, desde 18 de abril, ele foi submetido a prova final na segunda-feira. Sozinho diante da banca examinadora formada pela professora doutora Adriana do Carmo Belloti, que dá aula em universidade, e as duas pessoas responsáveis pela parte prática do curso, a professora Naiara da Silva Souza, usuária de libras e oralizada e Gustavo Aparecido de Souza, que apresenta surdez congênita, ele foi bem.

O objetivo do curso é oferecer noções básicas sobre Libras a um grupo de pessoas que lidam com o público em geral e com as pessoas surdas. É o caso da professora Marilei Benedita Bolsoni Machado, que atua na educação especial. Ela fez um curso mais simples em 1989, lembrava de alguma coisa do alfabeto, mas depois de quase três meses sai mais confiante. “Agora podemos ampliar o conhecimento para podermos nos comunicar melhor. Esse curso é demais e espero que continue.”

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