No mês de janeiro, ao visitar o imóvel onde funcionava o antigo hospital psiquiátrico da Vila Xavier a pedido de moradores, o vereador Elias Chediek (MDB) deparou-se com um cenário de abandono. “Encontrei mato alto invadindo a calçada, servindo de abrigo para animais peçonhentos e impedindo a circulação de pedestres”, conta o parlamentar, que encontrou também uma placa identificando o local como o Centro de Treinamento Tático Paintball Araraquara “Holocaust Squad”. Diante da situação, ele enviou à Prefeitura um requerimento solicitando informações sobre a utilização do local. A resposta chegou ao gabinete do vereador esta semana. Chediek havia questionado se o local está realmente sendo utilizado pela Holocaust Squad, se o Centro de Treinamento de Paintball tem autorização para utilizá-lo e que providências a Prefeitura planejava tomar para sanar o problema do abandono da área, garantindo segurança e acessibilidade aos moradores e pedestres que circulam por ali. De acordo com a resposta do Executivo, “conforme buscas e consultas realizadas, não foi encontrado nenhum instrumento físico legal autorizando a utilização do local pelo Centro de Treinamento Tático Paintball Araraquara ‘Holocausto Squad’, como também desconhecemos qualquer tipo de autorização informal para o uso do espaço.” A resposta, assinada pelo próprio prefeito Edinho Silva (PT), esclarece que, “conforme apurado pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, não foi verificada a utilização do local”. A Prefeitura acrescenta que o imóvel foi objeto de licitação na modalidade concorrência em 2016, porém, foi declarado “deserto” durante a abertura do processo, dada a ausência de interessados. Em 2018, foi objeto de concorrência novamente, em duas oportunidades, durante o mês de agosto, mais uma vez sem interessados. O valor estimado para a alienação do imóvel é de R$ 2.599.385,20, e ele permanece disponível para alienação até o momento. O Executivo informa ainda que a limpeza do local está entre as prioridades da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. “É necessário que a Prefeitura aja com urgência quanto à manutenção do local e à venda da área”, entende Chediek.

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