“A sociedade enxerga apenas a minha orelha, que tem um problema, e pensa que, por isso, eu, como um todo, sou um problema. Somos surdos, mas não somos doentes”, defendeu, na Tribuna Popular da Sessão Ordinária desta terça-feira (25), o professor de Libras da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e doutorando do curso de Linguística da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Rimar Segala.
Ele veio acompanhado de sua orientadora e professora da Unesp, Angélica Terezinha Carmo Rodrigues, para, juntos, abordarem o tema “Setembro Azul: comemoração e mobilização pelo Dia Nacional do Surdo”. Na fala dos oradores, foi destacada a importância da celebração da data como um movimento de luta. “Não existe apenas a língua portuguesa. Nós somos uma minoria linguística, mas temos nossa língua, nossa cultura”, comentou o professor, que pediu uma atenção especial dos vereadores para a promoção da educação bilíngue na cidade.
TV Câmara tem
Na Tribuna, Segala elogiou a Câmara Municipal por ter a tradução e a interpretação de Libras em todos os conteúdos produzidos pela TV Câmara. Porém, ele lamentou que nos demais serviços públicos isso não ocorra. O Dia Nacional do Surdo é uma referência à primeira escola para surdos criada no país. Trata-se do Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), construído na cidade de Rio de Janeiro no ano de 1857, a pedido do Imperador Dom Pedro II.
Confira as fotos no Flickr da Câmara: https://flic.kr/s/aHsmjaRkX9
Publicado em: 25/09/2018 22:18:40
Publicado por: CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA