Sacerdotes falam em perseguição religiosa por parte de fiscais da Prefeitura

Visualize fotos

“Estamos sendo vítimas de pessoas que querem impor a fé que professam.” Essa foi uma das frases fortes proferidas durante a Tribuna Popular da terça-feira (26), na Sessão Ordinária de número 70 da Câmara Municipal de Araraquara.

José Francisco Tomé dos Santos, credenciado pela Associação Federativa Espiritualista de Candomblé e Umbanda Morada do Sol (Afecumsol), e Pai Guimarães, da Associação Brasileira dos Religiosos de Matrizes Africanas (Abratu), pediram ajuda aos vereadores em casos que classificaram como perseguição religiosa. Pai Guimarães clamou aos parlamentares que não permitam que, por um erro de interpretação da lei, um sacerdote seja vilipendiado na prática de sua religiosidade, pois “fiscais da Prefeitura, talvez atendendo a denúncias, estão chegando e pedindo alvará de funcionamento e CNJP, quando na realidade no local não está instalada uma instituição, não é um terreiro, é apenas uma residência”.

Três casos foram destacados como os mais humilhantes. “Um foi encaminhado ao Ministério Público e os outros dois resultaram em multa, chegando a R$ 1.800. Fiscal não tem prerrogativa de tirar conclusões simplesmente porque achou que se tratava de um centro. Fiscal na porta, polícia na porta, é puro constrangimento”, garantiu o sacerdote. Mais cedo, os dois oradores foram recebidos pelo vice-prefeito e secretário municipal do Trabalho e do Desenvolvimento Econômico, Damiano Neto, que, segundo eles, se comprometeu a averiguar o que está acontecendo e resolver a situação. Os vereadores, por sua vez, garantiram que também vão apurar os fatos junto ao Executivo, cobrando um posicionamento sobre a prática.




Publicado em: 26/06/2018 21:03:36