Prevenção: esta é a palavra-chave no combate ao câncer de mama. Foi o que ressaltou a ginecologista Ana Rita dos Santos em sua palestra “Outubro Rosa: o que precisamos saber sobre o câncer de mama”, realizada na segunda-feira (23), no Plenarinho da Câmara Municipal. Promovido pela Escola do Legislativo, o encontro foi aberto à comunidade em geral e representou a contribuição da Casa de Leis para a campanha Outubro Rosa, promovendo a conscientização sobre a importância da detecção precoce da doença. Segundo Ana Rita, o câncer de mama é o segundo mais comum entre a comunidade araraquarense, perdendo somente para o de pele. A doença atinge principalmente mulheres com mais de 40 anos de idade. “Mas tenho atendido um número cada vez maior de mulheres mais jovens, na casa dos 20 e 30 anos de idade”, informou. As causas da doença ainda não foram totalmente esclarecidas pela medicina, e a ginecologista explicou que a hereditariedade não é, necessariamente, um fator determinante, embora demande um controle mais frequente da parte das pacientes. “Na verdade, apenas 20% dos casos envolvem uma parente de primeiro grau que tenha tido a doença, enquanto 80% dos casos que recebemos são novas ocorrências”, explicou. “O que provoca o câncer, de um modo geral, é um desequilíbrio entre duas populações de células: as que provocam a doença e as que defendem o organismo. É um equilíbrio fino. Todo mundo tem chance de ficar doente, no entanto há precauções simples que todos podem adotar para a própria saúde, como não beber, não fumar, usar telas de proteção em computadores e tablets. Todo cuidado é bom.”
A ginecologista apontou as duas principais formas de prevenção: o autoexame e a mamografia. “Algumas mulheres dizem: ‘Ah, doutora, quem procura acha!’. E é verdade. Mas é melhor encontrar uma alteração logo no início, para poder tratar a tempo, e não deixar piorar”, alertou. O autoexame é importante para que as mulheres – e homens, pois o câncer de mama não escolhe sexo – conheçam o próprio corpo e percebam alguma mudança de textura ou coloração na pele e nos mamilos, além de nódulos no interior das mamas. Ela esclareceu que alguns ‘caroços’ podem ser apenas cistos, formados por líquido, e não nódulos, necessariamente, que são estruturas sólidas. No entanto, o paciente leigo não saberá a diferença, por isso a orientação é procurar um ginecologista ou um mastologista. Ana Rita explicou ainda que o câncer de mama, em suas formas mais agressivas, tende a formar metástases no cérebro, no fígado e nos ossos. Além disso, o seu tratamento é longo, difícil e requer muito apoio e envolvimento da família. Resumindo, é uma condição que qualquer pessoa preferiria evitar. “Quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de tratamento. Tudo começa na prevenção”, concluiu.
Publicado em: 25/10/2017 16:43:26