Um tema bastante relevante foi abordado por Silvani da Silva, credenciada pelo Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Araraquara, na Tribuna Popular da Câmara Municipal, nesta terça-feira (17): a 1ª Semana Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional – “Mude o futuro da migração. Investir na Segurança Alimentar e no Desenvolvimento Rural”. Esse é um assunto que vem sendo debatido em nível mundial através da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), pois em pleno século XXI, milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar. “Precisamos pensar essa questão com relação ao meio rural. Se não tivermos como alvos a agricultura e o trabalhador da terra, estaremos comprometendo a alimentação em todos os níveis”, disse Silvani, garantindo que “os gestores devem ter a consciência de evitar o êxodo rural e garantir o desenvolvimento no campo”. De acordo com relatório de informações sociais do Cadastro Único de Araraquara, de julho de 2017, 32.983 pessoas têm renda per capita de até meio salário mínimo e são consideradas de baixa renda. Cerca de 14% da população se encontram em situação de risco ou vulnerabilidade social. Segundo Silvani, “para minimizar esse cenário adverso, o município vem desenvolvendo uma importante política de segurança alimentar, cujos objetivos são: evitar o desperdício de alimentos, captando e distribuindo para a população das entidades sociais, de forma a diminuir o risco nutricional; realizar o pré-processamento de alimento com vista ao reaproveitamento e abastecimento das entidades; produzir e distribuir regularmente o leite de soja, com prioridade às pessoas com intolerância a lactose e com alergia a proteína do leite de vaca; implantar o cartão de assistência alimentar, que será distribuído para famílias em vulnerabilidade social para a compra dos alimentos; programa Refeição Emergencial, realizada nos dois restaurantes populares”. Falou ainda, sobre as mais de 30 mil toneladas de alimentos doadas pelo Banco de Alimento, somente até o mês de junho e de outras iniciativas voltadas àqueles que mais precisam. Estão sendo realizados cursos, treinamentos, oficinas culinárias temáticas, palestras, encontros, além de receitas de preparo de alimentos para geração de trabalho e renda. “Essas são as atividades que estamos oferecendo para que Araraquara, como vimos ontem, não seja um lugar onde se fala, por exemplo, em ração humana. Aqui nossa preocupação é com alimentos e de onde vem os alimentos”, ressaltou.

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