No ano passado, o cinema brasileiro teve recorde de público, atraindo 184,3 bilhões de telespectadores e arrecadando R$ 2,6 bilhões de renda bruta, segundo a Agência Nacional do Cinema (Ancine). Ele é utilizado, muitas vezes, como forma de lazer. Há quem só goste de comédias, por exemplo, ou quem assista os filmes com legenda, dublados e até mesmo quem não goste dos nacionais. Mas algumas pessoas não podem escolher. Os surdos, por exemplo, assistem apenas os filmes com legenda.
Essa problemática preocupa o vereador Elias Chediek (PMDB). “Nos cinemas, temos filmes legendados e dublados, o que restringe as opções. Já os filmes brasileiros não têm legenda aqui, porque considera-se que são feitos em nossa língua, excetuando as pessoas surdas. É uma privação de lazer que não pode acontecer”, disse o parlamentar.
Chediek convocou uma reunião a fim de discutir a possibilidade de legendas em todos os filmes, incluindo os nacionais. Estiveram presentes a gerente do cinema do Shopping Jaraguá, Elisandra Cristina Torres, a intérprete de Libras, Vilma do Amaral Schavinato, o surdo Julio Araújo da Silva e o porta-voz da Fundação Idioma Surdo, Théo Bratfisch. O encontro foi baseado na Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, conhecida como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), ainda não regulamentada.
Ficou acordado entre os participantes solicitar informações da ANCINE, das distribuidoras e consultar a Portaria do Ministério da Justiça, pois os filmes são entregues aos cinemas, que são meros exibidores do conteúdo. Sendo assim, é necessária pesquisa e verificação dos responsáveis pela ação necessária.
Publicado em: 09/03/2017 21:59:53