Alunos da Unesp debatem propostas para tratamento de lixo na cidade

Luana dos Santos Martins propôs projeto com foco no tratamento do lixo na cidade. Presidente do Legislativo discutiu proposta com a estudante unespiana
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Nos dias atuais, em que o consumo e o desperdício aumentam exponencialmente no mundo todo, a questão do tratamento do lixo assume uma importância indiscutível. Esse fato motivou um grupo de estudantes do último ano do curso de Administração Pública da Unesp de Araraquara a se debruçar sobre o tema para a conclusão de um trabalho acadêmico. Para auxiliar com uma visão embasada do tema e na atualização dos dados relativos à coleta na cidade, o presidente da Câmara Elias Chediek (PMDB) recebeu na segunda-feira (12), em seu gabinete, a estudante Luana dos Santos Martins.

O grupo de Luana decidiu propor um projeto com foco no tratamento do lixo em Araraquara. “A ideia do projeto é estudar a viabilidade da implantação de um aterro na cidade, quais são os benefícios e as dificuldades, enfatizando o lado acadêmico, não apenas um aspecto comercial, como a maioria das empresas apresenta. Queremos entender como melhorar o serviço e a questão ambiental para a população”, contou a estudante.

A escolha de Elias Chediek para a consultoria não foi um acaso. Desde 2009, o parlamentar estuda alternativas para o tratamento do lixo na cidade, tendo, inclusive, visitado algumas instalações de tratamento no Estado do Rio de Janeiro. “Em 2009, começamos a realizar uma série de audiências públicas para discutir o problema do lixo de Araraquara. Montamos um grupo de estudos dentro da Câmara Municipal, agregamos o Daae, o Daee, representantes de Rincão e Santa Lúcia, dentre outros, porque queríamos resolver o problema do lixo em várias cidades. Várias empresas trouxeram propostas de solução, como usinas de tratamento de lixo, usando tanto a queima quanto o adubo, e retirando o reciclado nas duas modalidades. Estudamos soluções que ajudariam bastante a resolver o problema do meio ambiente e reduziriam custos para a prefeitura”, recordou. “Mas não avançamos. Infelizmente, dependíamos da Prefeitura, e esta tinha outras prioridades. O assunto ficou esquecido. De quando em quando, alguma empresa traz alguma proposta, que acabamos encaminhando ao Executivo.”

Atualmente, a Prefeitura coleta 4.832 toneladas de lixo ao mês. O município gasta R$ 92,81/ton com coleta de lixo e R$ 149,68/ton com transbordo e destinação, totalizando R$ 426 mil ao mês com coleta e R$ 671 mil ao mês com transbordo, ou seja, cerca de R$ 1.100 por mês com a coleta e destinação do lixo na cidade.

Luana ficou satisfeita com o encontro. “A reunião foi ótima. Com a colaboração dele, que já estudou o assunto e sabe onde estão as maiores dificuldades, conseguimos amarrar várias informações que ainda estavam meio perdidas. Agora, é trabalhar o projeto.”

Chediek vê possibilidade de progressos. “A ideia é que elas possam usar esse material, atualizar os custos de implementação e, quem sabe, ajudar em uma proposta para encaminhar ao Executivo”, concluiu.




Publicado em: 14/12/2016 11:54:47