Se a melhor forma de eliminar os eventuais focos do mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, chikungunya e Zika – é não deixar o mosquito nascer, a Câmara Municipal de Araraquara vem fazendo a sua parte. Na quarta-feira (24), a Casa promoveu uma mobilização chamada “Dia da Faxina”, cujo objetivo foi inspecionar e eliminar possíveis focos do mosquito no prédio principal e também no anexo. A ação também realizada pela Prefeitura segue orientação da Sala Estadual e da Secretaria Municipal de Saúde. Neste esforço para eliminar possíveis criadouros, servidores do Legislativo buscaram conscientizar, limpar e educar com dicas como colocar o lixo em sacos plásticos, manter a lixeira e ralos fechados, além de outras informações essenciais para o combate ao vetor. “A ideia é que tudo isso seja repassado aos familiares e executado também dentro de casa”, diz o diretor de patrimônio da Câmara, Mario Escamilha Junior.
O trabalho desenvolvido na Câmara é reflexo de uma ação nacional. Desde dezembro, mais de 300 mil agentes de combate às endemias, agentes comunitários de saúde e militares reforçam o combate ao Aedes aegypti nas residências em todo o país. Na cidade, no final do mês passado, um mutirão retirou dez toneladas de materiais inservíveis nos imóveis visitados na Vila Xavier. Dias depois, na mesma região, confirmava-se o primeiro caso do vírus da zika na cidade. A doença foi confirmada em uma mulher de 35 anos em fase final de gestação. Em Araraquara, já são mais de 175 casos de dengue somente neste ano. O Brasil começou 2016 com um aumento do número de casos de dengue na comparação com 2015, ano que já tinha batido recordes da doença. Nas três primeiras semanas de janeiro, data do último balanço, foram registrados 73.872 casos, um crescimento de 48,2% em relação às 49.857 notificações do mesmo período de 2015. Os dados são do Ministério da Saúde. Já os casos suspeitos de microcefalia em investigação chegam a 4.107 em todo o país.
Publicado em: 24/02/2016 20:16:20