Um jogo ingrato com placar adverso para as mulheres é exposto logo na entrada do Centro de Referência da Mulher de Araraquara. Até a última quinta-feira, a cidade já tinha registrado 1.091 casos. E muitas dessas vítimas de agressores machistas poderão ter uma alternativa para o futuro no espaço de capacitação e formação ‘Marlene do Carmo Túlio’, inaugurado na sexta-feira (7). A sala voltada à costura poderá atender até 80 mulheres por dia.

A ação tem o apoio da Câmara Municipal, representada no ato pelo presidente da Casa, vereador Elias Chediek (PMDB), a vice-presidente Edna Martins (PSDB), e o também parlamentar Gerson da Farmácia (PMDB). Eles conheceram a sala com oito máquinas de costura e capacidade para atender até dez mulheres simultaneamente. O trabalho também com lado terapêutico tem duração mínima de três meses. Três instrutoras darão o curso e, de quebra, aprenderão sobre capacitação gerencial. Ao lado da esposa, a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Araraquara, Regina Chediek, o presidente da Câmara, elogiou a iniciativa de capacitar e dar condições de independência financeira e social às mulheres vítimas de maus tratos e que precisam sustentar a família. “Esse espaço consegue unir a interação e a sinergia entre as profissionais de costura para que elas busquem a autoestima livrando-se de quem as prende.” Para Edna Martins, que há anos trabalha na conscientização da população sobre o problema da violência contra as mulheres, o Espaço criado no Centro de Referência permitirá o curso e o trabalho, além do acolhimento das vítimas. “Precisávamos dar uma alternativa e para que essas mulheres possam se liberar é preciso ser independente e ter trabalho. Por isso, acredito que esse novo local tem tanto valor”, destaca o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB).

Representando a família de Marlene, o irmão dela, Francisco Carlos Túlio, lembrou-se da homenageada que trabalhou como doméstica, auxiliar de cozinha, cobradora, motorista de ônibus, e motorista do Centro de Referência de 2001 a 2012, superando a barreira do preconceito. Sentimento este que precisa ser superado, segundo a secretária de Direitos Humanos e Participação Popular, Marimar Guidorzi.

Participaram ainda da inauguração a vereadora suplente e coordenadora de Políticas Públicas para as Mulheres, Geani Trevisóli, o vereador licenciado e secretário de Governo e Esportes, Aluisio Braz, o Boi, além de outros secretários municipais e representantes dos vereadores farmacêutico Jeferson Yashuda (PSDB) e Roberval Fraiz (PMDB).

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