Comissão de Saúde da Câmara levará demandas do Samu ao Executivo

Segundo servidores, atendimento à população está sendo prejudicado por falta de funcionários
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Falta de funcionários – sobretudo condutores de veículos de emergência –, recebimento de horas extras trabalhadas excedentes às 44 horas, nomeação de gestor e gerente e adequação das bases descentralizadas foram algumas das reivindicações dos servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) durante reunião com a Comissão de Saúde da Câmara, realizada na noite da quinta-feira (12), no Plenarinho do Legislativo. Os vereadores Dr. Helder (PPS) e Adilson Vital (PV), membros da Comissão de Saúde, Educação e desenvolvimento Social, ouviram os problemas relatados pelos servidores e se comprometeram a discutir uma solução junto ao Executivo. “As demandas são legítimas e, apesar das dificuldades financeiras da Prefeitura, vamos encontrar uma maneira de resolver essa situação”, afirmou Helder.

Entre as alternativas debatidas com os funcionários estão: ampliação do número de motoristas, chamando ao menos mais seis dos que passaram em concurso já homologado; abertura de edital específico para a contratação de ao menos mais dois médicos para o Samu; nomeação de uma enfermeira gestora e de um médico coordenador; e ampliação do quadro de enfermeiros e técnicos. Outra forma de cobrir a escala, segundo os servidores, seria o pagamento de até 80 horas extras mensais, em vez das 44 horas extras atuais. De acordo com Claudemir Conte, representante da Comissão de Representação dos Funcionários do Samu, “desde que as salas de estabilização foram fechadas no início do ano passado  – hoje estão em funcionamento as do Selmi Dei e da Vila, de forma precária – sete pessoas morreram. A deficiência no atendimento é reflexo da falta de funcionários”, avaliou Conte. O Samu conta hoje com cerca de 120 funcionários e sete ambulâncias (sendo duas dotadas com UTI móvel). Ao final da reunião, Dr. Helder garantiu que até a quarta-feira da próxima semana terá uma resposta concreta aos funcionários. “Vou conversar com o Toloi [secretário da Saúde], com o prefeito e com o Roberto Pereira [secretário municipal da Fazenda] e vamos estudar o que pode ser feito para que o serviço prestado pelo Samu não fique comprometido”, completou o parlamentar. “Já fizemos a mesma reivindicação à Secretaria de Saúde no ano passado. Começaram a atender as demandas e de repente cortaram. Esperamos que o governo municipal acate nossas reivindicações em prol do bom atendimento à população”, concluiu Conte.

Além dos dois vereadores e de representantes do Samu, participou da reunião Oacyr Ellero, coordenador executivo de Atenção Básica de Saúde, representando o secretário Hilton Toloi.




Publicado em: 13/03/2015 11:59:48