A 90ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Araraquara contou com a participação na Tribuna Popular de Josiane Cristina Pachiega, e Dmitri Barros Guandalim, que apoiados na subscrição de 30 cidadãos eleitores mostraram o descontentamento com a atual composição da “Casa”. Disse Josiane ser cidadã que paga seus impostos e desta forma tem o direito de manifestação. Reclamou que a população não é ouvida quando das votações de interesse, advindo daí corte de verbas sociais, crianças sem passe escolar, hospital veterinário entregue mas sem um projeto de castração, em suma, “tudo que é de interesse é votado contra”. Josiane afirmou que há 20 anos não usa o direito de se manifestar através do voto, “não votei porque não acredito em Partido nenhum”. Merendeira de profissão acha que salsicha e ovo não é refeição. “Antes de votar o vereador deveria consultar o povo, sentar-se com o povo que poderia mostrar que a cidade esta descontente com o Governo”. Destacou Josiane na Tribuna que não participava para reivindicar, mas sim pedir para a população falar. Criticou a proposta de mudança do horário das Sessões, que impedirá a população de vivenciar, como aconteceu com a Audiência Pública da CTA, realizada às 9 horas. Direcionou farpas a divulgação da Audiência que não atingiu de forma geral, e cobrou a TV Câmara disponível não apenas nos canais por assinatura. “Vocês tem dois anos para mudar a postura, porque se depender da população hoje, 80% não se reelege”, encerrou Josiane lembrando que nas últimas eleições a cidade poderia ter elegido cinco parlamentares, o que não aconteceu. “Foi amostra grátis daquilo que vai acontecer se continuarem a dizer amém, revejam a postura ante os Projetos apresentados”. Dmitri disse na Tribuna que a sociedade brasileira esta mudando e novos atores político sociais emergem e se engajam nas lutas, com o objetivo fundamental de suprimir os privilégio de uma seleta minoria e conquistar melhores condições de vida para a esmagadora maioria da população. Mostrou ele que em Araraquara não poderia ser diferente em relação ao que acontece no Brasil em que diversos atores e movimentos sociais, idosos, sindicalistas, estudantes universitários e secundaristas, mulheres, moradores de bairros e Partidos Políticos de esquerda buscam ter voz ativa, participar e condicionar a ação do Poder Público. Acrescentou criticas enfatizando “cabe aos cidadãos e trabalhadores, membros do sistema produtivo e do sistema político mostrar que a chave da Democracia somos nós e não eles. Deixaremos em breve um recado, nós estaremos nas ruas, nas escolas, nos sindicatos, na imprensa alternativa, nos teatros e em cada esquina para assim construir uma Democracia substantiva onde todos serão iguais, no sentido concreto do termo”. As criticas na Tribuna motivaram manifestações, dentre elas a do vereador Aluísio Braz (Boi-PMDB), que fez uma amostragem dos trabalhos realizados, as políticas públicas implementadas graças a iniciativas e aval dos parlamentares, as melhorias advindas, e do vereador Dr. Helder (PPS), citando o fato que a aplicabilidade atual da Democracia permite uma nova realidade, inclusive a plena participação e as criticas, somente que em nome da Democracia dezoito vereadores ouviram atentos, de frente, tudo que foi dito, não como acontecera em sessão anterior quando manifestantes viraram as costas para edis na mesma Tribuna. Setor de Comunicação Texto: Kiko Luiz
Publicado em: 10/12/2014 17:39:47
Publicado por: CÂMARA MUNICIPAL DE ARARAQUARA