Após o encerramento da série de audiências públicas sobre a proposta orçamentária da Prefeitura para 2015, o vereador Donizete Simioni (PT) avaliou como “difícil” a situação do Executivo, que foi obrigado a diminuir os recursos na maioria das secretarias devido à dívida crescente que, segundo ele, já ultrapassa os R$ 180 milhões.
“Estão reduzindo o orçamento das secretarias. Isso evidencia a real dificuldade financeira da Prefeitura, o que é preocupante do ponto de vista da manutenção dos serviços públicos”, analisa Simioni. O vereador petista aponta que pastas importantes como Saúde (menos R$ 4 milhões), Educação (menos R$ 4 mi) e Obras (menos R$ 5 mi) tiveram cortes, em comparação com o orçamento de 2014, o que compromete a execução de serviços para a população. Por outro lado, Simioni reconhece que o governo municipal tem mesmo que fazer o enxugamento por causa da dívida acumulada. “Percebi nas apresentações que as secretarias mantiveram apenas o custeio e a manutenção, ou seja, a folha de pagamento, os contratos já existentes e materiais de consumo. Não há novidades em investimento em secretaria alguma”, acrescenta o parlamentar. Apesar da situação que se avizinha ser complicada para a administração municipal, Simioni reconhece o esforço dos secretários em “segurar a máquina”, mas não vê outra alternativa senão expandir esse orçamento se quiser manter os serviços básicos, buscando recursos por meio de convênios e parcerias. “Se a Saúde, por exemplo, com R$ 170 milhões este ano está difícil, imagine com R$ 165 milhões em 2015.”, conclui. O Executivo calcula receitas e despesas no valor de R$ 639,8 milhões para o próximo ano, 40,7 milhões a menos que em 2014.
Publicado em: 30/10/2014 19:58:27