Já foi acertada a primeira iniciativa prática buscando reduzir o número de faltas e atestados emitidos por médicos horistas das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da Vila Xavier e Central, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Após a denúncia e uma proposta feita por uma comissão de vereadores, a partir de segunda-feira, estarão afixadas nas unidades e ainda disponíveis nos sites da Prefeitura e da Câmara Municipal, as escalas quinzenais dos médicos aumentando a fiscalização sobre eles.

“A população saberá quem são os médicos que deveriam estar ali para atendê-la. Nenhum profissional está ali de favor. Todos assinaram contratos e poderão ser fiscalizados pelos pacientes e também pela imprensa”, diz o vereador Aluisio Braz, o Boi, (PMDB), lembrando que os médicos – clínicos gerais, ortopedistas e pediatras – não poderão alegar desconhecimento uma vez que a escala será definida com antecedência pelos coordenadores.

O documento será assinado pelo secretário municipal de Saúde, Álvaro Guedes, que participou na manhã desta quinta-feira da reunião com uma comissão de vereadores ligados a base do Prefeito e o próprio chefe do Executivo. A promotora da saúde, Renata Giantomassi Gomes, já iniciou a investigação sobre o caso. Outra denúncia será feita nesta sexta-feira, desta vez, ao Ministério Público do Trabalho (MPT). Na próxima semana também será protocolado o caso no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), em Campinas.

Segundo a Comissão de parlamentares, a Prefeitura encaminhou ao MP e ao Conselho Regional de Medicina para análise 12 processos administrativos contra médicos que não cumpririam a escala de 80 horas mensais. Dos 70 vínculos de médicos, somente 12 trabalhariam de forma integral. Os faltosos ainda recebem ticket e os direitos trabalhistas, além de impedirem a contratação de outros colegas. Em 2013 foram mais de duas mil horas em atestados. Contabilizando tributos a incidir sobre as horas, os valores ano passado beiraram R$ 300 mil.

Além de Boi, participaram ainda da reunião com o prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) e outros representante da Saúde, os vereadores farmacêutico Jeferson Yashuda (PSDB), Elias Chediek (PMDB), Jair Martinelli (PMDB), Rodrigo Buchecinha (SDD), Willian Affonso (PDT), Tenente Santana (PSDB) e Juliana Damus (PP).

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