Iesa demitiu 500 desde janeiro, diz líder sindical na Tribuna Popular

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O tesoureiro do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Araraquara e Américo Brasiliense, Paulo Sérgio Frigere, fez um pronunciamento na Tribuna Popular da Câmara na sessão dessa terça-feira, dia 26, sobre a dispensa dos trabalhadores da empresa Iesa Projetos, Equipamentos e Montagens S/A sem o devido pagamento. Presidente do sindicato por cinco mandatos, Frigere atualmente responde pela tesouraria da entidade. Ele lembrou que é funcionário da empresa há 28 anos, desde a Villares. Ele enfatizou em sua fala a demissão em massa de trabalhadores e o futuro da empresa.

“Desde janeiro deste ano já foram 500 demitidos, sendo 400 de março para cá e 160 desses brigam na Justiça para receber o Fundo de Garantia atrasado. Nos últimos 15 dias houve uma demissão em massa de 240 trabalhadores de todos os setores. A empresa não atendeu o requisito da negociação com o sindicato em se tratando de demissão em massa. O presidente da empresa nomeado no começo do ano não atende o sindicato e a única coisa que nos falam, por meio do RH, é que não tem dinheiro. Temos relatórios que informam que a empresa fez inúmeras doações para campanhas políticas, que estão fazendo falta agora para pagar os trabalhadores. Estamos concluindo o levantamento sobre quais são os principais beneficiados com essas doações para campanhas políticas que divulgaremos nos próximos dias”, disse Frigere. Para o líder sindical, hoje há uma crise que afeta todas as empresas no Brasil, mas que este não seria o caso da Iesa. “O problema na Iesa é administrativo, de má gestão. A empresa tem carteira, tem contratos com a Petrobrás. Em relação ao futuro, temos informações que o projeto de fabricação de trens em parceria com a Hyundai não vai prosperar devido a denúncias envolvendo a Iesa e Alston”, disse. Frigere disse que se os 240 trabalhadores não receberem até o final do mês, além das dificuldades que serão enfrentadas pelos trabalhadores, a empresa será multada em R$ 900 mil pelo não pagamento.  Por fim, o sindicalista informou que a empresa ZF demitiu 100 trabalhadores e que a Big Dutchman, que tinha promessa de contratar 400, não passou de 80 contratações até agora. Frigere convocou os trabalhadores para um ato na terça-feira (2), às 6h30, em frente à Iesa.




Publicado em: 27/08/2014 12:03:16