Válido em todo território nacional, o Vale-Cultura possibilita mais acesso a ambientes culturais e na compra de produtos relacionados ao assunto. Mas, em Araraquara, por enquanto, a oferta é baixa com a adesão de pouco mais de 600 bancários. Unida toda a classe trabalhadora nessa faixa salarial, segundo a vereadora Gabriela Palombo (PT), representante da Comissão de Cultura, Esportes, Comunicação e Proteção ao Consumidor da Câmara Municipal, a cidade teria a capacidade de oferecer cerca de R$ 2 milhões mensais com o benefício.
“Esse dinheiro que é de R$ 50 mensais e oferecidos prioritariamente aos trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos poderia muito bem ser consumido por aqui”, diz a vereadora que vem trabalhando para garantir mais adesão a empresas que paguem pelo benefício e outras que aceitem essa forma de pagamento antes do entretenimento. Atualmente, os dois cinemas aceitam o cartão. O Sesc também aderiu ao programa.
O gerente da unidade de Araraquara, Daniel Hanai, diz que algumas bandeiras de cartões já estão sendo aceitas e quem dispõe do benefício pode consultar se há essa forma de pagamento para shows e outros espetáculos. “Isso é importante porque acaba sendo uma forma de produzir mais conhecimento”, destaca Hanai durante uma reunião com a vereadora Gabriela Palombo.
Ele lembrou ainda sobre a importância do benefício, que é acumulativo, e oferece produtos cultuais no pacote de benefícios das empresas.
Depois de reunir-se há alguns dias com o Sindicato dos Bancários, Gabriela Palombo também conversou com o gestor da unidade de Araraquara do Centro Brasileiro de Cursos (Cebrac), Gustavo Henrique Sanches. Ele mostrou interesse em proporcionar o benefício aos pouco mais de trinta funcionários, mas gostaria de oferecer o Vale-Cultura como uma opção na compra de livros educativos dos cursos disponíveis na grade. A proposta ganhou apoio da vereadora que consultará o Ministério da Cultura sobre as possibilidades.
Para a vereadora de Araraquara, o próximo passo é agregar outras entidades de classe e mais empresários buscando aumentar a rede desta oferta e demanda. Outro ponto é convencer a Secretaria Municipal da Cultura a adotar o Vale-Cultura como opção de pagamento em apresentações no Teatro Municipal ou shows abertos que dependam de alvará da Prefeitura durante a negociação com os produtores e empresários.
O benefício pode ser oferecido pelas empresas com personalidade jurídica que possuem vínculo empregatício formal com seus funcionários e que fizerem a adesão ao Programa Cultura do Trabalhador junto ao Ministério da Cultura. Em contrapartida, o Governo Federal isenta as empresas de encargos sociais e trabalhistas sobre o valor concedido e permite que a empresa de lucro real abata a despesa no imposto de renda em até 1% do imposto devido.
Publicado em: 24/07/2014 14:07:36