Após visitar o conjunto habitacional "Anunciata Palmira Barbieri" e conversar com moradores, na tarde de quinta-feira (10), o vereador Donizete Simioni (PT) afirma estar preocupado com os problemas constatados e a falta de infraestrutura para atender às 485 famílias que receberam as chaves de suas casas.
O conjunto foi entregue na terça-feira (8), mas grande parte dos imóveis apresenta problemas como infiltrações, pisos, revestimentos, vidros e janelas soltos ou quebrados, falta de pias e sifões, falta de energia elétrica, entre outros. A moradora Cristiane Aparecida de Souza recebeu a casa sem pia e sem sifão na cozinha, no banheiro, sem sifão e torneiras, sem pontos de luz nos quartos, portas amassadas e problemas na pintura. “Além do mais, estava tudo sujo e embarreado quando entrei”, conta. “Não tenho a chave da cozinha. A gente vai pagar e tem o direito de receber a casa em ordem e com condições”, salienta a moradora. Outro problema de Cristiane é a falta de creche. Antiga moradora do bairro Altos de Pinheiros, os filhos de 4 e 6 anos têm que frequentar o CER do Parque São Paulo. Segundo ela, vagas na unidade educacional mais próxima foram prometidas para, no mínimo, 30 dias.
Assim como Cristiane, Eliane Gonçalves Pereira está preocupada com a falta de vaga na creche para a filha de 4 anos. Ela morava no Jardim das Estações e tem que levar a criança até o CER de lá diariamente. “A gente tem que acordar às 5 horas e tomar dois ônibus para poder chegar à creche às 7h30”, aponta. Outros moradores, que pediram para não ser identificados, relatam ter encontrado, além de pisos, azulejos e janelas quebradas, vazamento na caixa d’água. “Tem infiltração. Com a chuva de quarta-feira (9), vertia água pelo soquete de luz da sala; uma vizinha tomou choque”, reclama uma moradora. De acordo com Simioni, “o pior é que muitas crianças estão sem vagas nas creches e escolas da região, o transporte coletivo não cobre o conjunto todo, fazendo que com as pessoas tenham que caminhar um trecho grande para poder chegar aos ônibus e também estão longe do posto de saúde da região”. Sobre os problemas estruturais das moradias, Simioni conclui que “todas essas questões deveriam ter sido solucionadas antes da entrega das chaves”.
Publicado em: 11/04/2014 20:12:22