Encontro dá inicio a trabalho coletivo de prevenção ao uso de drogas

Visualize fotos

Saber lidar com o problema do uso de drogas, independente dela estar presente dentro de casa ou não, é um desafio do mundo atual. Só no Brasil há 28 milhões de dependentes químicos, de acordo com uma pesquisa recente da Unifesp. Por isso, Araraquara realizou nesta semana um trabalho inicial e coletivo de prevenção ao uso de drogas. O encontro batizado de “Adolescentes e Pais”, foi coordenado pelo Conselho Municipal de Políticas sobre Drogas (Comad), com apoio da ONG LP – Legal é Prevenir, Prefeitura, Fundação Casa e Fundação de Amparo ao Preso (Funap).

O evento aconteceu no Sesc na quinta e sexta-feira e reuniu cerca de cem pessoas, divididos entre adolescentes e pais, além de profissionais técnicos de diversas áreas. Para o presidente do Comad, Márcio Servino, o encontro serviu para fortalecer e dar o primeiro passo em direção a prevenção continuada em fevereiro de 2014. “Esse foi um ponto de partida para algo maior. Já definimos que no ano que vem nos reuniremos mensalmente com escolas para passar um pouco do que sabemos sobre a prevenção envolvendo o mundo das drogas.” Em Araraquara, há três unidades de grupos dos Alcoólicos Anônimos (AA) em bairros como a Vila Xavier, Santana e Centro, uma dos Narcóticos Anônimos (NA) no Centro e uma do Amor Exigente, no Jardim Brasília. Segundo o Comad, o AA e o NA atendem diariamente, a partir das 20 horas. Já no Amor Exigente o apoio é dado de segunda a quinta-feira. Na quinta e sexta-feira pela manhã, participaram adolescentes com idades que variam dos 13 aos 18 anos. O grupo foi diversificado e contou com jovens ligados a entidades assistenciais da cidade e também menores envolvidos com algum tipo de medida sócioeducativa: alguns ainda internados na Fundação Casa e outros no modelo de semiliberdade, aprenderam sobre o tema e ainda assistiram a apresentação musical de colegas ligados ao Projeto Guri. O encontro ainda contou com o outro lado dos jovens: os pais.  “Em relação a eles a conversa foi diferente. Falamos da importância dos pais conversarem com os filhos sobre o problema das drogas e demos dicas de como eles podem detectar se o filho está usando algum tipo de substância entorpecente”, diz Servino. Para ele, uma surpresa é que quase todos os adolescentes e parte dos profissionais envolvidos na discussão desconheciam o modelo prático de funcionamento da eficácia de um grupo de apoio. “Queríamos mostrar que esse pessoal pode ajudar mesmo antes da pessoa entrar no mundo das drogas. Esse é o verdadeiro trabalho de prevenção.”




Publicado em: 09/12/2013 19:53:36