Na tarde da sexta-feira (20), o vereador Rafael de Angeli (PSDB) esteve na Unidade Básica de Saúde (UBS) Doutor Ruy de Toledo, localizada no Selmi Dei I, para conversar com funcionários, com munícipes, com a gerente das UBS no município, Adriana Rodrigues, com o corregedor da Guarda Civil Municipal (GCM), Reginaldo Bolato, e com a secretária de Saúde, Eliana Honain, a respeito da demanda de atendimento do posto.
Devido à expansão dos bairros da região norte, a unidade de saúde passou a receber um elevado número de pacientes, cerca de 30 mil pessoas. Além de lidar com a sobrecarga de trabalho, os agentes de saúde também enfrentam agressões de quem utiliza o serviço. “Na semana passada tivemos um problema com uma paciente. Pedi a ela para retornar no dia seguinte, para renovar uma guia e ela só não me bateu porque eu estava dentro do balcão de acolhimento”, explicou a enfermeira Luciana Marques.
Em seu gabinete, Angeli recebeu denúncias de que a mesma paciente acionou a Polícia Militar (PM) e que, depois da chegada da corporação, retornou ao posto ainda mais agressiva e com o argumento de que se não fosse atendida, acionaria novamente a PM. Luciana questiona a atuação dos policiais. “Eles não conversaram com a gente nem para saber o que estava acontecendo. Simplesmente tomaram um posicionamento”. O médico Jorge Hudari defende a colega. “Ninguém aqui está preparado para enfrentar nenhum paciente. Estamos preparados para ouvir. Esperamos que a guarda nos conceda proteção para realizarmos nosso trabalho e não fomente a violência”.
Luciana ainda explica que sempre, quando há um problema, a GCM é acionada, mas, muitas vezes, a corporação não chega a tempo. Em relação à atuação dos guardas, Bolato explica que a conduta é justamente mediar conflitos. “O guarda deve vir para controlar um problema. A gente orienta a ser imparcial no atendimento e fazer os devidos encaminhamentos. O que acontece é que a equipe da guarda está defasada e nem sempre consegue chegar no momento exato da ocorrência. No momento não consigo fixar um profissional, mas, avaliaremos a possibilidade de intensificar o patrulhamento”. Além disso, o representante da GCM comprometeu-se a mediar conversa com o secretário de Segurança, Coronel João Alberto Nogueira, a fim de tentar um diálogo com os comandantes da PM.
Para a secretária de Saúde, o grande problema é o pensamento arraigado de que o que é público não presta. “Eu acredito e luto pela qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS), mas, o tempo todo a mídia local e nacional desqualifica o nosso trabalho. Nessa unidade, temos um problema pontual de superlotação, que será resolvido em breve, com a construção da unidade do Valle Verde. Ainda assim conversarei com o Prefeito, para pensarmos no que pode ser feito, para garantir a segurança nessa unidade”, frisou Eliana.
A expectativa é de que a nova UBS seja inaugurada nos próximos seis meses.
Saída compartilhada
Outro problema enfrentado pelos profissionais é o estacionamento da unidade que faz divisa com a saída do Centro de Educação e Recreação (CER) Maria Pradelli Malara. A enfermeira Eliana Torquarto explica. “Quando vamos sair com um carro, redobramos a atenção. Ainda assim, pode vir uma criança e nós não vermos. O ideal seria que a unidade educacional utilizasse a entrada principal para o acesso das crianças”. Segundo a gerente das unidades, a conversa com a diretoria de ensino já foi feita, porém, sem êxito. Angeli se comprometeu a ajudar também no problema apresentado. “Vamos levar o caso para a secretária de Educação, Clélia Mara Santos, para tentarmos solucionar e trazer maior segurança para todos, tanto para a unidade de saúde, quanto para o CER”, explicou o vereador.
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Publicado em: 25/09/2019 13:23:53