Considerando que a implantação da tecnologia sustentável provoca redução do efeito estufa, além de se alinhar às discussões e movimentos internacionais, como o Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), o vereador Marchese da Rádio (Patriota) apresentou, em 17 de setembro, o Requerimento nº 894/2021 à Prefeitura, solicitando levantamento dos prédios públicos que fazem uso da energia solar, bem como o custo da conta de energia da Prefeitura com a CPFL.
O parlamentar argumentava que, com a adesão da energia fotovoltaica, seria possível conseguir uma redução de até 98% no valor da conta de energia e ter uma produção de até 100% do consumo, segundo especialistas. “A fonte da geração de energia fotovoltaica é o sol, portanto, é possível afirmar que essa alternativa nunca acabará. Afinal, Araraquara é uma cidade com a presença intensa do sol. Independentemente de, em alguns dias, a luz do sol apresentar mais ou menos força, ela sempre estará presente. Por isso, a energia solar é tida como limpa, natural, infinita e renovável.”
Marchese destacava que São Paulo estaria aderindo à ideia da tecnologia sustentável, que é a energia solar. “O fato ocorre após comprovação de benefícios, como o ganho ambiental e o consumo de energia. Por isso, já está sendo implantado um projeto que vai equipar 775 escolas e unidades administrativas da Secretaria Municipal de Educação e 80 Unidades Básicas de Saúde (UBS). A cidade de São Paulo deverá ter uma redução de custo na conta de energia elétrica, em um prazo de 25 anos, de pelo menos 52% mensais. A expectativa é que o custo de aproximadamente R$ 143 milhões caia para R$ 68,7 milhões, segundo levantamentos técnicos.”
“Vivemos tempos difíceis, especialmente na questão socioeconômica, com as tarifas de energia elétrica subindo constantemente. Isso ocorre principalmente por conta da chamada bandeira vermelha, em virtude dos baixos níveis dos reservatórios de água”, argumentava o vereador, citando dados de pesquisa da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). “O valor de arrecadação de títulos chegou a R$ 12,1 bilhões, somente em relação à economia gerada na conta de luz, além da produção excedente de energia através de sistemas de energia solar.”
Enfatizava o parlamentar que a fonte de energia solar fotovoltaica é a que mais cresce no Brasil, de acordo com os últimos dados divulgados pela Absolar. “Este crescimento representou uma enorme mudança em todo o cenário nacional. Tão importante quanto o saldo financeiro do uso desse sistema de geração de energia são os benefícios e impactos ambientais que ele proporciona para todos os brasileiros, para quem instala e para a economia nacional. Até abril deste ano, foram mais de 8,3 milhões de toneladas de CO2 evitadas por conta do sistema implantado em alguns lugares.”
Em resposta, o secretário municipal de Administração, Adriano Altieri, informou que a média mensal de despesas com energia elétrica é de R$ 2.052.000,00, sendo R$ 482 mil com prédios públicos, R$ 1.549.000,00 com iluminação pública e R$ 21 mil com semáforos.
O secretário explica que foi criada a Comissão de Modernização, sendo que, entre os projetos em pauta, se encontra também o estudo para implantação mais generalizada da tecnologia de geração de energia nos próprios municipais. “A demanda está sendo atendida em conformidade com as reformas ou construções a serem implantadas e também com a disponibilidade financeira.”
Altieri detalha que o Executivo já faz uso deste tipo de tecnologia (painéis solares) no Centros de Educação e Recreação (CERs) “Honorina Comelli Lia”, “José Pizani” e “Maria Enaura Malavolta Magalhães. No Hospital de Retaguarda do Melhado, está sendo aguardada a interligação do sistema para funcionar, já aprovada pela CPFL. Além disso, está prevista a instalação nos CERs “Carmelita Garcez l” e “Waldir Alceu Trigo”, e na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) do Campo “Hermínio Pagotto”.
Publicado em: 18/11/2021 14:19:03