Reclamações de interrupção no fornecimento de água são constantes entre os moradores do Assentamento Bela Vista. Há também queixas sobre a qualidade da água proveniente do Poço Bela Vista II, que abastece parte da agrovila. A situação foi relatada por moradores à vereadora Luna Meyer (PDT), que cobrou providências da Prefeitura por meio do Requerimento nº 955/2021. Em resposta, o governo municipal forneceu o número de reclamações e apontou possíveis causas para o desabastecimento, assegurando, porém, que a infraestrutura atual é suficiente para atender as edificações existentes no local.
Conforme relato dos moradores à parlamentar, constantemente há falta de água nas avenidas denominadas como 7 e 8, e na metade da rua denominada 1. Sobre isso, o Departamento Autônomo de Água e Esgotos de Araraquara (Daae) informou que, nos últimos quatro anos, foram registradas 121 reclamações de falta de água no assentamento. A autarquia também anexou a relação de todos os registros de atendimento prestados entre setembro de 2017 e outubro de 2021.
Segundo ainda os moradores, a falha no abastecimento seria provocada pela espessura inadequada da tubulação, o que é negado pelo governo municipal. “A falta de água que ocorre na Agrovila não se deve ao diâmetro das redes existentes no local e, sim, à falta de hidrometração das edificações, ao consumo excessivo e desperdícios diversos”, afirma o diretor de Planejamento da autarquia, engenheiro José Braz Scognamiglio.
Para ele, a solução para sanar eventuais faltas de água “consiste na instalação de hidrômetros em todas as edificações, escola, posto de saúde e demais próprios existentes no local, cabendo ao usuário o pagamento das tarifas de água e esgotos de acordo com o consumo verificado na sua edificação”. O Daae informa que a instalação de hidrômetros no local deve ocorrer até meados de 2022.
Sobre a qualidade da água, a autarquia reconhece que é comum o recebimento de queixas de domicílios abastecidos pelo Poço Bela Vista II. “Sempre que há alguma reclamação semelhante, uma amostra da água é coletada no domicílio em questão para a realização de análises em nosso laboratório, a fim de avaliar os principais parâmetros de potabilidade da água”. Fora isso, o Daae afirma que, mensalmente e semestralmente, realiza controle da água dos poços, seguindo a legislação vigente.
Luna afirma que faz parte de um grupo do Assentamento e diariamente acompanha os problemas dos moradores com a questão da água. “É urgente que isso seja corrigido. Essa é uma das questões que marginalizam o Assentamento, pois eles não têm tido acesso a direitos básicos, como a água. Ficam muitas vezes sem tomar banho e dependem constantemente da Prefeitura para realização de reparos. Aguardando ansiosa pelos hidrómetros em 2022.”
Publicado em: 03/12/2021 15:23:14