“Nasce uma criança, planta-se uma árvore”, é o que diz a Lei nº 10.050/20. Como 2.227 crianças nasceram em Araraquara entre março e dezembro de 2021, este foi o número de mudas de espécies como jacarandás, paus-brasis, ipês e muitas árvores frutíferas plantadas na sexta-feira (18) e que em poucos anos vão colorir o terreno compreendido entre a Avenida Fernando Bazolli e a Rua Dr. Mário Ópice, no Jardim Igaçaba. Esta é a segunda fase do programa, que teve início no ano passado. Somando as duas fases, já foram plantadas 3.496 novas árvores em dois anos.

Para se tornar realidade, um Projeto de Lei, de autoria do então vereador José Carlos Porsani, foi aprovado em setembro de 2020 e reuniu uma série de parcerias da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Sustentabilidade com os cartórios da cidade e a iniciativa privada. “Às vezes, a Câmara aprova leis que serão muito benéficas para a cidade, mas elas não se tornam realidade, e isso é muito frustrante para o legislador. É realmente uma alegria ver um projeto como este passar a fazer parte da vida da cidade”, observou o presidente da Câmara Municipal, vereador Aluisio Boi (MDB), em seu discurso no evento que marcou o plantio.

Autor da lei e atual secretário do Meio Ambiente e Sustentabilidade, Porsani falou das dificuldades enfrentadas para elaborar o projeto e colocá-lo em prática. “Como não podia gerar gastos para a Prefeitura, tivemos de correr atrás de parceiros que se comprometessem a plantar as árvores e cuidar da sua manutenção. Não foi fácil, mas conseguimos. Vamos transformar essa área em um grande bosque”, contou, citando as empresas que colaboraram com o projeto. O Grupo São Martinho – Usina Santa Cruz, presente desde o ano passado, na primeira fase do programa, juntamente com a Poty Cia de Bebidas, e a ADN Construtora e Incorporadora, que se uniu à Usina este ano. As empresas foram responsáveis pelo fornecimento e plantio de mudas, e farão a manutenção das plantas por três anos.

“Já temos em nossa sociedade – e é justo que assim seja – ritos que marcam a morte, como os funerais. Agora, temos um belo rito que marca a vida, e isso é admirável”, pontuou o prefeito Edinho Silva (PT), que classificou o programa como “a maior iniciativa de reflorestamento da história da cidade”.

Três mães participaram simbolicamente do evento, representando todas as famílias dos bebês nascidos no ano passado e que ganharam uma árvore em sua homenagem. Uma delas era Márcia Testai, mãe da pequena Dandara, que relatou: “Foi muito emocionante. Enquanto eu plantava, pensava na vida dela, no fortalecimento dela, e foi fantástico”. Assim como ela, Mariana Pavenetti plantou a muda de sua filha Giovana, e Thayane Abino, a de Lucas. Elas esperam levar os filhos para passear daqui a alguns anos e contar como aquele bosque está ligado à história deles.

Participaram do plantio a vereadora Fabi Virgílio (PT), os vereadores Hugo Adorno (Republicanos) e Emanoel Sponton (Progressistas), o presidente do Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente (Comdema), Wando de Oliveira Santos, o coordenador de Mobilidade Urbana, Nilson Carneiro, e os representantes das empresas parceiras: André Tebaldi, do Grupo São Martinho – Unidade Santa Cruz, e Djalma Nunes e Lucas André, da ADN Construtora e Incorporadora.

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