Câmara realiza palestra de prevenção ao suicídio

Iniciativa é da Escola do Legislativo (EL)
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Na tarde da segunda-feira (19), a Câmara realizou palestra com a temática: prevenção ao suicídio com os palestrantes Carlos Felipe Cavalcanti Carvalho e Ilana Fagá Merlos. Carvalho é médico psiquiatra, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria, responsável técnico do CAPS II Araraquara e psiquiatra do Hospital Cairbar Schutel. Por sua vez, Ilana é terapeuta ocupacional graduada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pós-graduada em análise do comportamento.

A iniciativa da Escola do Legislativo (EL) contou com o apoio da Comissão Interna de Prevenção Acidentes (Cipa) da Casa de Leis e com a presença de funcionários do Caps II, de funcionários da Câmara, do presidente da EL, Guilherme Bianco (PCdoB), da assistente técnica da EL, Ana Paula Kuwana e do agente administrativo da EL, Renato Norio Kemotu. O público interessado pôde acompanhar a transmissão da palestra por meio dos canais da TV Câmara.

O suicídio é um problema de saúde pública, uma vez que gera impactos para a sociedade como um todo. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 800 mil pessoas morrem todos os anos no mundo por causa do suicídio. Quando pensamos na realidade do Brasil, são cerca de 12 mil vidas perdidas.

O suicídio acomete todas as faixas etárias, mas os adolescentes necessitam de um olhar atento. O suicídio é a quarta razão de morte entre adolescentes de 15 a 19 anos. Estimular habilidades socioemocionais nesse grupo é muito importante, principalmente em tempos de redes sociais e comparações excessivas. “Pais e cuidadores não devem menosprezar os sinais de alerta. O isolamento, mudanças de comportamento, abuso de substâncias, bem como o uso de expressões como ‘eu não aguento mais’, ‘eu preferia estar morto’ ou ‘quero desistir’ por parte dos adolescentes. É melhor, se for errar, pecar pelo excesso de zelo”, explicou Carvalho.

Mas é preciso pensar em bem-estar emocional para todas as idades. De acordo com Bianco, é necessário lutar contra o estigma. “Abrir as portas da Câmara para falar sobre esse assunto é fundamental. A Escola do Legislativo aproveitou o Setembro Amarelo, que é uma campanha internacional de prevenção ao suicídio, para discutir o tema com especialistas e a sociedade. Os dados do Brasil mostram que as pessoas estão sofrendo psiquicamente, sobretudo depois da pandemia.”

De acordo com Carvalho, 96% dos casos estão relacionados a algum transtorno mental, principalmente a depressão, que pode ser potencializada pelo uso de álcool e drogas. Por isso, a rede municipal de saúde tem trabalhado para identificar, tratar e acompanhar pessoas com comportamentos suicidas. Durante este mês, campanhas educativas estão sendo feitas nas escolas da cidade.

“Toda a rede integrada de saúde está pronta para receber pacientes que precisam de ajuda. O Caps II (Centro de Atenção Psicossocial que oferece atendimento especializado em saúde mental para adultos) e o Caps AD (especializado no uso de álcool e drogas) atendem demandas espontâneas, bem como encaminhamentos da rede. A população pode procurar também as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e, em casos de urgências, recorrer ao Serviço do Atendimento Médico de Urgência (Samu), por meio do 192, e às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) ”, explicou Ilana.

Se você tem ou conhece alguém que tenha pensamentos suicidas, procure ajuda na rede de saúde do município.

Você pode também ligar para o Centro de Valorização da Vida (CVV).

O CVV realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo de forma voluntária e gratuita todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, e-mail e chat 24 horas todos os dias.




Publicado em: 19/09/2022 18:34:20