No final do mês de julho, o vereador João Clemente (PSDB) protocolou a Indicação nº 3.862/2023, sugerindo a criação de Campanhas Permanentes sobre Riscos da Automedicação e do Descarte Irregular de Medicamentos.
O parlamentar argumenta que a automedicação pode desvirtuar o tratamento adequado de enfermidades, e levar a consequências de saúde. Também aponta que o descarte irregular pode comprometer o meio ambiente e a biodiversidade.
Clemente referencia pesquisas que afirmam que cerca de 77% dos brasileiros fazem uso de medicamentos sem orientação médica. "Em relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU), a automedicação deve matar 10 milhões de pessoas no mundo até 2050.”
O vereador acrescenta que o fácil acesso a medicamentos dificulta a conscientização a respeito da procura por um médico antes da medicação. "Existe o risco de morte, por intoxicação provocada por uso exacerbado de um fármaco ou por piora do quadro sintomático do enfermo.”
Além disso, o parlamentar cita o Conselho Nacional de Saúde, o qual afirma que alguns medicamentos, ao terem utilização inadequada, podem causar resistência do organismo a substâncias que tratam infecções ou outras doenças.
Outros estudos mostram que o uso inadequado de medicamentos pode reduzir sintomas, mas não controlar a doença, que continua a fazer mal silenciosamente, causando retardo ou erro no diagnóstico.
"As reações adversas causadas pela automedicação mais comuns causadas pelo uso indiscriminado de algum medicamento são: náuseas, vômito, vertigens, dor de cabeça e palpitação. Diante de um desses sintomas, o paciente deve procurar auxílio médico para evitar agravamento do quadro clínico”, alerta.
Clemente finaliza afirmando que, assim como a automedicação, a interrupção do uso de medicamentos sem orientação médica, também é prejudicial para o paciente.
Publicado em: 15/08/2023 12:11:00
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