Educa Mais Araraquara auxilia em defasagens escolares ampliadas na pandemia

Vereador João Clemente (Progressistas) pediu à Prefeitura dados atualizados sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em Araraquara
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Informações sobre o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em Araraquara foram solicitados, por meio de um requerimento enviado à Prefeitura, pelo vereador João Clemente (Progressistas). “Considerando que o Ideb funciona como um indicador nacional que possibilita o monitoramento da qualidade da educação a partir de dois componentes, a taxa de rendimento escolar (aprovação) e as médias de desempenho nos exames aplicados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira [Inep], requisito resultados do Ideb, levando-se em conta a última atualização”, justificou Clemente.

No documento, o parlamentar solicitou à Prefeitura ações que possam minimizar a discrepância da desigualdade de escolas com bons resultados daquelas com resultados inferiores em Araraquara.

“Várias ações foram implementadas na rede municipal de ensino no âmbito do Programa Educa Mais Araraquara, elaborado e implementado para auxiliar as dificuldades e defasagens escolares ampliadas na pandemia, como formação continuada docente, de modo que o professor se atualize e aprimore sua prática pedagógica. Outras iniciativas foram reforço escolar aos sábados; presença de professores auxiliares nas turmas de alfabetização; ensino no nível certo, focado na recomposição das aprendizagens; investimento em livros de literatura infantojuvenil e projetos de leitura; aquisição de jogos para alfabetização e de jogos para ensino da matemática, entre outras”, contou a secretária municipal de Educação, Clélia Mara dos Santos.

A respeito da metodologia empregada na escola que apresenta pior resultado, a secretária informou que a diretriz metodológica da rede é a mesma para todas as unidades, assim como o material didático utilizado. E que a metodologia ativa coloca o estudante como protagonista do processo ensino-aprendizagem, todavia os professores com uma formação mais tradicional têm dificuldade para incorporar em sua prática pedagógica estratégias ativas de ensino.

Ainda segundo Clélia, além do aspecto metodológico, a observação de elementos que diferem uma escola com bons resultados de uma escola com resultados inferiores é, sobretudo, a forma como a escola acolhe seus estudantes e acredita no potencial deles. “Ter um ambiente escolar acolhedor, em que os estudantes se sentem bem e pertencentes faz muita diferença no processo de aprendizagem. Observamos, ainda, que as escolas com resultados aquém do esperado e das possibilidades têm um alto índice de infrequência escolar. Ao faltarem excessivamente, os estudantes prejudicam suas próprias aprendizagens e, por fim, o índice da escola. A não participação em projetos como o reforço escolar e faltas excessivas durante as aulas de Recomposição das Aprendizagens também são comuns nessas escolas. Do mesmo modo, a intermitência de docentes, sucessivas faltas, a baixa responsabilização pelos resultados de aprendizagem dos estudantes e a cultura de não análise dos dados, estatísticas e indicadores educacionais da escola também contribuem para melhoria ou não dos índices de desenvolvimento da aprendizagem escolar”, afirmou a secretária.

O vereador também pediu à Prefeitura os resultados do Ideb, levando-se em conta a última atualização, apresentada pelas escolas municipais, do 1º ao 5º ano. De acordo com gestora da pasta, o Ideb será divulgado no segundo semestre de 2024. “Temos, neste momento, os resultados preliminares da última avalição do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) realizada no ano passado. Desses resultados preliminares, temos acesso apenas aos níveis de proficiência dos estudantes expressos no desempenho médio da escola. Analisando os dados preliminares e comparando-os com o resultado anterior, constatamos que mais da metade das escolas tiveram um desempenho médio maior que na avaliação de 2021. De qualquer forma, os dados comparativos estão prejudicados, já que em 2021 estávamos voltando as aulas presenciais e seis das nossas escolas não tiveram seus dados computados porque havia um baixo número de estudantes no dia da avaliação”, acrescentou Clélia.

Quanto aos dados do Saeb das turmas do 9º ano, Clélia afirmou que todas as escolas avaliadas tiveram um desempenho médio maior em 2023, tanto em Língua Portuguesa quanto em Matemática, evidenciando uma melhora significativa na aprendizagem.

 




Publicado em: 02/07/2024 13:01:38

Publicado por: Gabriel Rosa/ AEN - Governo do Estado do Paraná