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Projeto Guri busca parcerias para ampliar atuação em Araraquara

Vereador Zé Luiz – Zé Macaco solidariza-se com iniciativa

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Às portas ao longo do corredor, nomes de instrumentos musicais pouco conhecidos saltam aos olhos, enquanto melodias vigorosas inundam os ouvidos e crianças enchem de vida o ambiente. Estamos no polo araraquarense do Projeto Guri, o programa sociocultural de educação musical mantido pelo Governo do Estado de São Paulo e considerado referência na área cultural.

“A música vai muito além de tocar um instrumento”, diz a coordenadora do polo, Graciela Reche. “Ela trabalha a persistência, a memória, a sociabilidade, a autonomia, o comprometimento e a cidadania”, enumera ao vereador Zé Luiz (Zé Macaco – PPS) em visita à unidade. O projeto funciona às quartas e sextas-feiras no Centro de Artes e Ofícios “Judith Lauand”, atendendo 116 alunos entre 8 e 18 anos de idade. Em outras unidades do Estado, a Iniciação Musical é oferecida a partir dos 6 anos de idade, mas Araraquara não conta com a modalidade. “Aqui as crianças podem começar na percussão, aos 8 anos, ou no violino, aos 10. Existe todo um estudo, inclusive da estrutura óssea, para determinar essas idades iniciais”, explica Graciela.

                Os cursos são estruturados em três níveis: Inicial, Intermediário e Avançado (cujos alunos participam de apresentações externas). Além das aulas teóricas e práticas, os estudantes contam com um programa de empréstimo de instrumentos, por meio do qual os alunos mais avançados podem levar os instrumentos para casa para treinar e se aprimorar. Além disso, duas vezes por ano, participam de atividades socioculturais. No primeiro semestre, prepararam o “Guri Participativo”, com uma apresentação na Praça Santa Cruz. Para o segundo semestre, estão programando o “Guri Consciente”, uma atividade em Américo Brasiliense (SP) relacionada ao Dia da Consciência Negra.

 

Mais oferta

A ampliação da oferta de cursos e horários é um dos anseios da equipe do projeto. “Gostaríamos de poder abrir também cursos no período da manhã, por exemplo, mas hoje não é possível. Não teríamos condições de pagar os funcionários”, conta Graciela. “Há unidades que atendem muitos mais alunos e oferecem mais serviços. Franca, por exemplo, tem 900 estudantes. Além da música, eles também contam com um laboratório de luteria, em que aprendem a produzir e consertar instrumentos.”

O programa funciona em parceria com a Prefeitura Municipal. Ao Governo do Estado, cabe a estrutura do Projeto (instrumentos, material) e o pagamento dos funcionários, enquanto a Prefeitura cede o prédio, sua limpeza e manutenção, além do lanche para os estudantes. “Recentemente, 25 alunos do Jardim Hortências foram inscritos, e eles receberam o passe de ônibus. Não podemos nos queixar da Prefeitura, que, mesmo sobrecarregada com todas as demandas sociais, nos apoia no que pode. Precisamos buscar parcerias com a iniciativa privada, empresas que tenham esse olhar de interesse social e que desejem colaborar conosco”, entende.

 

Perspectivas de trabalho

Os seis professores do polo dão aulas de coral e instrumentos de corda, sopro e percussão. Eles lembram com orgulho dos ex-alunos. “Tem muito estudante da USP [Universidade de São Paulo] que saiu do Guri e muitos professores do Guri que foram alunos”, afirma o professor de violino e viola erudita, Henrique dos Anjos. Seu colega, Paulo Bellusci, professor de contrabaixo acústico e violoncelo, acrescenta que “a maior parte dos músicos que tocam em casamentos na cidade e região foi aluno do Guri também. É legal ver que o projeto gera até mesmo trabalho para eles no futuro”. Graciela conta que seu irmão, que também foi aluno do Guri em sua cidade natal, atualmente trabalha com música no cinema. “Abriu-se para ele um campo de trabalho que, de outra forma, nunca teria lhe ocorrido”, avalia.

Zé Luiz ficou sensibilizado com a iniciativa. “É maravilhoso o trabalho que o Projeto Guri desenvolve com as crianças e adolescentes. Meu gabinete está à disposição para todo o apoio que pudermos prestar”, conclui, adiantando que fará uma intermediação entre o Projeto e a iniciativa privada para viabilizar a captação de recursos e novos patrocínios.

 

O projeto

Mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, o Projeto Guri é considerado o maior programa sociocultural brasileiro e oferece, nos períodos de contraturno escolar, cursos de iniciação musical, luteria, canto coral, tecnologia em música, instrumentos de cordas dedilhadas, cordas friccionadas, sopros, teclados e percussão, para crianças e adolescentes entre 6 e 18 anos. Mais de 50 mil alunos são atendidos por ano, em quase 400 polos de ensino, distribuídos por todo o Estado de São Paulo. O polo de Araraquara funciona há 13 anos.

 

Serviço

O Projeto Guri Polo Araraquara funciona às quartas e sextas-feiras, das 13h30 às 18h, na Rua Andrelino Alves Pinto, 170, no Jardim Floridiana. Telefone: (16) 3336-8047.

 

Fotos disponíveis em https://photos.app.goo.gl/tTccLC49aGKMAaUn7


Publicado em: 02 de setembro de 2019

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Categoria: Câmara

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