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Palestras na Câmara apresentam noções de defesa civil e primeiros socorros

Evento teve transmissão ao vivo pela TV Câmara e foi organizado pela Escola do Legislativo


Noções de defesa civil e primeiros socorros foram os temas do Fórum Municipal de Segurança Pública, que aconteceu na tarde da segunda-feira (26), no Plenário da Câmara de Araraquara. O evento, organizado pela Escola do Legislativo (EL) com apoio da Prefeitura, contou com transmissão ao vivo pela TV Câmara.

“Os fóruns municipais educativos da Escola do Legislativo surgiram no ano passado para garantir que temáticas importantes para a sociedade sejam abordadas de forma recorrente na Câmara. Durante este ano de 2024, teremos eventos em todos os meses de diversas temáticas”, explicou a vereadora Luna Meyer (PDT), autora do Projeto de Resolução que instituiu o fórum municipal, juntamente com o vereador Emanoel Sponton (Progressistas).

A primeira palestra ficou a cargo do coordenador municipal de Proteção e Defesa Civil, Luiz Dell’Acqua, que abordou o tema “Noções básicas de proteção e defesa civil”.

Para ele, que está há 14 anos no órgão, a Defesa Civil, nos últimos anos, vem ganhando destaque por conta das condições climáticas vivenciadas. “Cada vez mais temos tido eventos climáticos trazendo muitos transtornos não só no Brasil, mas no cenário mundial, e em Araraquara não é diferente. A Defesa Civil é um serviço de caráter público que tem a incumbência de realizar os trabalhos relacionados, principalmente, aos desastres.”

Em Araraquara, a Comissão Municipal de Defesa Civil (Comdec) foi criada pela Lei Municipal nº 6.280, de 8 de agosto de 2005, com a finalidade de coordenar, em nível municipal, todas as ações de defesa civil, nos períodos de normalidade, vinculada à Guarda Municipal de Araraquara, ocupando a estrutura de pessoal já prevista na instituição. Até então esses trabalhos eram feitos pela equipe do Corpo de Bombeiros. Em 2009, a Defesa Civil ficou atrelada à Secretaria de Segurança Pública, com a criação da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil.

 

Situação de emergência x estado de calamidade pública

Dell’Acqua explicou que a situação de emergência é uma situação de alteração intensa e grave das condições de normalidade em determinado município, estado ou região, decretada em razão de desastre, comprometendo parcialmente sua capacidade de resposta. Já no estado de calamidade pública, o comprometimento da capacidade de resposta é substancial, ou seja, considerável. Ele exemplificou os desastres nas pontes do município, quando foi decretada a situação de emergência.

O coordenador reforçou que, segundo a Lei nº 12.608, de 10 de abril de 2012, que institui a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC), cabe aos municípios executar essa política; coordenar as ações do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sindpec) no âmbito local, em articulação com a União e os Estados; incorporar as ações de proteção e defesa civil no planejamento municipal; identificar e mapear áreas de risco de desastres; promover a fiscalização das áreas de risco de desastres e vedar novas ocupações nessas áreas; realizar, em articulação com a União e os Estados, o monitoramento em tempo real das áreas classificadas como de risco alto e muito alto; e produzir, em articulação com a União e os Estados, alertas antecipados sobre a possibilidade de ocorrência de desastre, inclusive por meio de sirenes e mensagens via telefonia celular, para avisar a população e orientá-la sobre padrões comportamentais a serem observados em situação de emergência; entre outras atribuições.

“Araraquara tem 15 pontos caracterizados como áreas de risco de inundação ou alagamento e, desde o ano passado, seis já estão monitoradas por câmeras inteligentes, dentro da nova reestruturação que houve do Centro de Operações de Inteligência da Guarda Civil Municipal, dentro da Secretaria de Segurança Pública. Choveu forte, a gente monitorou, teve uma precipitação grande, as viaturas da Guarda Civil, do Departamento de Trânsito e da Defesa Civil já são deslocadas para esses pontos, que são catalogados como áreas de risco, para vistoria in loco e, tendo se caracterizado uma ocorrência de inundação ou alagamento, faz-se a interdição, para que possamos prevenir a ocorrência de um acidente. Nossa meta é conseguir monitorar todos esses pontos ainda este ano”, detalhou, citando ainda o plano de contingência “Operação Chuvas de Verão 2023-2024”, que conta com monitoramento em tempo real de radares de chuvas e do volume precipitado.

 

Primeiros socorros

Na segunda palestra, o Cabo PM Donofre, do Corpo de Bombeiros, fez uma apresentação sobre primeiros socorros, dando enfoque em engasgamentos.

“Os primeiros socorros são procedimentos prestados à pessoa que esteja precisando de ajuda, com o intuito de não agravar a situação dela e mantê-la estável ou o mais estável possível até que o socorro especializado chegue no local. É o primeiro atendimento, o primeiro contato com a vítima e, por incrível que pareça, é o mais importante”, pontuou.

O bombeiro educador enfatizou que a primeira coisa a ser feita é acionar os órgãos emergenciais do município, no caso, o Corpo de Bombeiros, pelo telefone 193, ou a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no 192. O segundo passo é uma breve avaliação da cena, verificando se o ambiente não está propício para que a pessoa que vai ajudar não se torne uma nova vítima. “Por exemplo, se o que causou o choque elétrico na vítima ainda está com ela, quem está atendendo pode se tornar uma nova vítima.”

 

Engasgamentos

“O engasgamento é aquele momento em que há a obstrução das nossas vias aéreas superiores. Quando o fluxo de ar através da respiração é totalmente bloqueado por algum alimento, líquido ou objeto, estamos diante de uma emergência médica, visto que o tempo que uma pessoa consegue ficar sem respirar é curto”, destacou. “Mas engasgar constantemente pode ser um sintoma de problemas gastrointestinais, pneumológicos ou mesmo neurológicos. Neste caso, o indicado é uma consulta com médico especializado”, completou.

“Normalmente, a pessoa leva as mãos à garganta; tenta tossir, mas não consegue; e não consegue falar e, o pior, não consegue respirar”, exemplificou o Cabo PM.

 

Como agir

Donofre diz que, se a vítima pode respirar, tossir, falar ou chorar, é importante orientá-la a continuar tossindo e não interferir, deixá-la encontrar uma posição de conforto ou a manter sentada, e observar se o corpo estranho foi eliminado pela tosse. “Em caso negativo, é necessário encaminhar a vítima a um atendimento médico especializado, a transportando sentada, em uma posição confortável e aquecida.”

Além de exibir vídeos, o representante do Corpo de Bombeiros fez demonstrações no Plenário de medidas para auxiliar no desengasgamento, tanto de adultos como de bebês. “No caso dos bebês, é fundamental que, após o desengasgo, sejam encaminhados para uma avaliação médica.”

Ele encerrou falando sobre o curso gratuito disponível a todos pelo site do Corpo de Bombeiros em https://educacaopublica.corpodebombeiros.sp.gov.br.

O evento gratuito disponibilizou certificado e o público pôde participar presencialmente e de forma online. Confira as palestras na íntegra aqui.

O Fórum Municipal de Segurança Pública foi criado pela Resolução nº 524/2023, com o objetivo de fortalecer as políticas de segurança pública, promovendo a integração e atualização constante das forças de segurança do município, e colaborar para a efetivação de ações colaborativas entre a população e os órgãos de segurança.




Publicado em: 27 de fevereiro de 2024

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Categoria: Escola do Legislativo

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