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A poda e remoção de árvores em Araraquara são os temas centrais do Requerimento nº 577/2023, enviado pelo vereador Lineu Carlos de Assis (Podemos) ao Executivo, devido a questionamentos frequentes de moradores da cidade sobre a realização desses serviços.

Ele inicia solicitando informações sobre os critérios utilizados para o deferimento ou não dos pedidos e como o cidadão toma ciência sobre o resultado, tempo médio de execução, número de podas e/ou remoções efetuadas nos últimos três meses.

Também foram requisitados esclarecimentos sobre os procedimentos em casos de urgência ou que representem riscos à população, portes das árvores existentes, projetos para plantios de novas mudas, ações de manutenção e avalição vigentes para as espécies que o município abriga, além de pessoal envolvido nos trabalhos relacionados.

Segundo ofício assinado por Carlos Alberto Ferreira, gerente de Conservação e Arborização, os pedidos de remoção e/ou poda de árvores devem ser feitos diretamente à Secretaria do Meio Ambiente e Sustentabilidade, mediante apresentação de documentos exigidos para essa finalidade, que serão analisados e encaminhados para vistoria do técnico. Quando houver a necessidade de intervenção, o serviço é encaminhado para execução, por meio de empresa contratada. Após isso, o solicitante é comunicado por e-mail, WhatsApp ou ligação telefônica sobre o atendimento ou não do seu requerimento.

Em relação aos prazos, Ferreira explica que eles são variáveis e que dependem das demandas de trabalho, podendo levar desde semanas até mesmo meses. Ele continua dizendo que no período de janeiro até 15 de agosto, foram gerados 961 laudos de vistorias, sendo que desses, 435 foram emitidos nos últimos três meses. Para os casos de urgência ou emergência, é feita uma análise pelos técnicos, e a ocorrência é repassada imediatamente à empresa executora dos serviços, que deve atender no menor prazo possível. Atualmente, a pasta conta com dois técnicos, um gerente e um auxiliar administrativo.

No documento enviado, ainda constam dados de podas, remoções, limpezas, destocamentos, cortes de raízes, plantio de mudas, tratamentos fitossanitários, entre outros, executados no município nos sete primeiros meses do ano. Também é enfatizado que durante o programa “Prefeitura nos Bairros”, as árvores do sistema viário são inspecionadas e aquelas que precisam de podas, ou até mesmo corte, são identificadas para a conclusão dessas atividades.

A Secretaria explica ainda que a quantidade de árvores informada em Audiência Pública sobre o inventário arbóreo trata-se de uma estimativa, feita por amostragem em bairros diferentes e que nele não se considerou o porte das árvores, apenas a projeção da copa delas. Após análise do professor Demóstenes Ferreira da Silva Filho, do Departamento de Ciências Florestais da Esalq/USP de Piracicaba e responsável pelo estudo apresentado na Câmara, foi feita previsão do plantio de 80 mil mudas ao longo de quatro anos e, em período menor, o plantio de 25 mil mudas nas regiões apontadas como mais quentes na cidade.

“O requerimento foi feito a partir de diversas reclamações recebidas de munícipes que estão passando por problemas sérios com as árvores em frente às suas casas e que não veem solução do poder público. Há árvores comprometidas devido a cupins, impedindo a entrada de veículos na garagem, que necessitam de serviço de poda e árvores tombando para a rua ou para o muro das residências. Todo o procedimento para que apenas uma vistoria seja feita já é extremamente moroso, somando-se ao tempo de execução do serviço, temos um árduo processo, que acaba por colocar em risco a integridade física e o patrimônio das pessoas”, afirmou o vereador.