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A Câmara Municipal de Araraquara registrou, na tarde desta sexta-feira, um Boletim de Ocorrência não criminal contra a Polícia Militar por deficiência e falta de atendimento prestado em meio a uma situação de crise. O acionamento foi feito depois que uma ex-funcionária terceirizada foi agredida pelo marido que invadiu o prédio Anexo. Ligações foram feitas ao disque 190 e, depois de muita dificuldade para entender onde era o prédio do Legislativo e aguardar por duas horas sem sucesso, a administração geral fez a queixa.
O Boletim foi registrado no 2º Distrito Policial, mas o delegado seccional Fernado Giaretta, disse que por envolver duas instituições o inquérito deve ser conduzido pela Delegacia regional. Apesar da PM não ser incluída como autora, no documento consta que “o Copom não tomou nenhuma providência e, até o presente momento, a Polícia Militar não compareceu ao local.” A Câmara promete ainda relatar o caso à Corregedoria da PM, a Secretaria de Estado da Segurança Pública e ao Governo do Estado.
Funcionários ligados a administração geral da Câmara de Araraquara ouviram da área superior do Anexo gritos de socorro e desceram para verificar o que acontecia. O marido da ex-funcionária terceirizada da limpeza, que se desligou do quadro de colaboradores há dois dias, a agredia já dentro do espaço do Legislativo com puxões de cabelo e empurrões. Imediatamente, três ligações foram feitas: uma buscando reforço de seguranças privados do prédio principal e dois telefonemas ao 190, o disque emergência da Polícia Militar.
A diretora geral da Câmara, Élide Maria Inforsato, encaminhou à Polícia Civil dois extratos das ligações feitas à PM de ramais diferentes. Ambas foram exatamente às 12h34, mas com intervalos de 32 segundos. “Eu liguei e falei que era da Câmara, passei o endereço e a pessoa do outro lado fazia uma série de perguntas”, diz Élide que ficou um minuto e vinte e um segundos falando com o atendente enquanto a jovem era agredida e coagida.
A outra ligação foi mais curta, durou apenas trinta segundos porque a servidora pediu urgência, passou a ocorrência e desligou para buscar ajuda. Segundo a administração geral da Câmara, em meio a confusão, a ex-funcionária terceirizada foi embora. O agressor foi contido temporariamente por seguranças do Legislativo, por lesão corporal dolosa com base na Lei Maria da Penha, mas como nenhuma viatura da PM apareceu ele foi liberado.
Para o presidente da Câmara Municipal de Araraquara, vereador João Farias (PRB), a agressão deve ser repudiada de todas as maneiras. Além disso, a ocorrência em si mostra a falência do serviço do 190 da Polícia Militar. “Se não bastasse o atendente ter dificuldade em entender que o caso estava sendo dentro da Câmara, um Poder constituído, ele nem sabia que era em Araraquara e onde o prédio fica”, diz João Farias. “O estrago poderia ter sido muito maior se os nossos seguranças não tivessem interferido”.
Desde fevereiro, o Poder Legislativo de Araraquara vem questionando o Governo do Estado sobre a eficiência do atendimento do 190 feito em Ribeirão Preto. João Farias já se reuniu com o secretário da segurança, Fernando Grella, que prometeu fazer um estudo técnico. Em visita recente, o governador Geraldo Alckmin não pareceu interessado em voltar atrás. Desde o ano passado, o Centro de Operações da PM recebe em média 7.300 ligações ao dia, de 36 cidades da região de Ribeirão Preto, incluindo a cidade de Araraquara.
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