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Causas e tratamento da depressão são tema de debate na Câmara



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Setembro é um mês de importantes reflexões marcadas por cores: azul para lembrar os problemas enfrentados pelos surdos, verde para a causa das pessoas com deficiência e amarelo para chamar a atenção para um tema pouco discutido em geral: o suicídio. “O Setembro Amarelo tem por objetivo prevenir o suicídio e alertar a população para essa realidade no Brasil e no mundo, bem como suas formas de prevenção”, explica Alícia Gimenez, coordenadora da Escola do Legislativo (EL) da Câmara Municipal. “É um tema que toca muita gente, pois quase todo mundo tem alguém próximo, seja na família ou entre conhecidos, que pode estar sofrendo de depressão, e isso está afetando a qualidade de vida dessas pessoas”, completa. A Câmara Municipal também está se engajando nesse movimento, por isso a EL realizou, na quarta-feira (27), a palestra “Depressão: causas, sintomas e tratamento”, ministrada pelo psicólogo Randal Alves e pela psicopedagoga e terapeuta Érica Giro. O encontro ocorreu no Plenarinho e foi aberto ao público.

Érica explicou que a depressão envolve uma gama heterogênea de condições, que vai de uma simples tristeza até formas mais graves. Na depressão, no entanto, essa tristeza é persistente e não está ligada a um fator específico. “Muitos ainda acreditam que a depressão é ‘frescura’ ou ‘doença de rico’. Mas não é nada disso, é uma coisa séria, e você poderá não reconhecê-la justamente porque pensa assim”, alerta Érica. Entre as causas da depressão, ela elenca fatores hormonais, ambientais e a genética familiar. “Um nível baixo de serotonina contribui para a condição, e isso está ligado ao sistema digestivo, à alimentação. Além disso, o ambiente familiar e profissional, os relacionamentos, a competição no trabalho, as cobranças em casa, tudo se soma”, acrescenta.

Reconhecer os sintomas é um passo fundamental para começar a buscar ajuda. Entre eles, estão: humor deprimido, angústia sem objeto, diminuição da sensação de prazer, falta de interesse por diversas atividades, perda ou ganho de peso sem dieta, insônia, agitação, fadiga, sentimento de inutilidade e ideias suicidas. “Se três ou mais desses sintomas se manifestarem por um período de pelo menos duas semanas, podemos diagnosticar uma depressão”, explica Alves. “Em um grau extremo, a pessoa sente que nada faz sentido, nada tem valor. No estado depressivo, não é a pessoa que está doente, mas, sim, sua vida.” Os profissionais são enfáticos ao apontar que o tratamento precisa aliar a medicação à psicoterapia. “A medicação é como um curativo, que você usa porque precisa estancar o sangramento no machucado. Ela não cura a depressão, apenas estanca os sintomas, regula a química do organismo. Precisa atuar em conjunto com a psicoterapia, para que a pessoa entenda o que ocorre dentro dela, em seu meio, o que a levou àquele estado. Só assim ela poderá trabalhar seus pensamentos e emoções”, aponta Alves. O público participou ativamente, esclarecendo dúvidas e narrando experiências pessoais e familiares. “Na minha opinião, essa palestra foi importantíssimas, pois, muitas vezes, queremos ajudar alguém, mas não sabemos como”, avalia a servidora Silvia Maria Gustavo Santos. O vereador Elias Chediek (PMDB), que também participou do encontro, observou que “nesse mundo conturbado, com a agitação do dia a dia e as notícias que circulam, das quais 95% são ruins, a população está mais deprimida e angustiada. Palestras como essa são muito úteis, por nos mostrarem caminhos e terapias disponíveis para o tratamento da depressão”.


Publicado em: 28 de setembro de 2017

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Categoria: Escola do Legislativo

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