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Em sessão solene, plena de emoção e surpresas, presidida pelo vereador vice-presidente Farmacêutico Jeferson Yashuda (PSDB), a Câmara Municipal de Araraquara entregou na manhã do sábado (30), o título de “Cidadão Araraquarense” ao empresário Eugênio Lopes de Albuquerque, homenagem proposta pelo vereador segundo secretário do Legislativo Jair Martineli (PMDB). O secretário de Governo Nino Mengati representou o prefeito Marcelo Barbieri na sessão.
Coube ao vereador autor da proposta Jair Martineli saudar o homenageado em nome do Poder Legislativo, destacando sua figura de empresário e principalmente um apaixonado por Araraquara que motivou sua permanência nesta cidade “aqui criou raízes e quando pensou em voltar a Portugal consegui ali ficar por poucos meses, pois a saudade foi mais forte e fez com que retornasse e continuasse a contribuir para com o progresso e desenvolvimento desta Terra que adotou como mãe e que hoje o recebe como filho”. Mas a surpresa da noite ficou por conta do filho do homenageado, Marcos Martins de Albuquerque que ocupou a tribuna logo após a entrega do título para mostrar a pesquisa que realizou na construção da arvore genealógica da família. Após dois anos de pesquisa Marcos em contato com inúmeras entidades, Casa Real Portuguesa, Associação da Nobreza Histórica de Portugal e Real Associação de Lisboa teve ciência que Eugênio Lopes de Albuquerque pertence a 23ª geração do VI Rei de Portugal, Dom Diniz, através de seu filho Príncipe Dom Afonso Sanches de Albuquerque. A nobreza lusitana ao tomar ciência da existência de um descendente de Dom Diniz privilegiou-o alçando a posição de destaque como dispõe a linhagem real, sendo ele convidado inclusive para participar do Jantar dos Conjurados (todos integrantes da nobreza portuguesa) promovido pela Causa Real, evento que assinala a importância e o significado da restauração da Independência de Portugal, acontecimento histórico que os monárquicos portugueses gostam de celebrar com a sua família Real. Eugenio recebeu ainda o Brasão de sua Família, que atesta a linhagem real.
O homenageado agradeceu emocionado a entrega do título, destacando mais uma vez seu amor por Araraquara, lembrando que por aqui passara muitas vezes em direção a Taquaritinga, cidade onde habitava sua esposa, Amália Dulce Martins Lopes de Albuquerque, esta também homenageada com um flores, entregues pela senhora Cristina Martineli.
Os Conjurados: Restauração da independência de Portugal
Os Conjurados foram um grupo patriótico português nascido clandestinamente na parte final do domínio espanhol sobre Portugal. Era constituído por cerca de cinquenta homens, 40 da nobreza, e os restantes do clero e militares, daí também serem conhecidos por Os Quarenta Conjurados, por estarem envolvidos quarenta brasões. O objetivo - logrado com sucesso - era a destituição dos Habsburgos e proclamar um rei português. Aquele que ficou reconhecido como tendo sido o grande impulsionador da conspiração foi João Pinto Ribeiro, bacharel em direito canónico cuja jurisprudência anulou o juramento de tomar por incumprimento de obrigações por parte dos Habsburgos espanhóis. No entanto pode-se reconhecer também, como preponderante, ter havido um papel e alguma influência dos jesuítas da província portuguesa, de uma forma mais velada, nomeadamente pelo comportamento do Padre António Vieira e pela convivência familiar do Doutor D. André de Almada, especialmente sobre determinados fidalgos e que se encontram entre os quarenta. Os nobres portugueses que tinham ficados presos e destituídos de quase tudo no desastre de Alcácer Quibir (morte de Dom Sebastião), mais precisamente seus filhos ou netos órfãos, que nada puderam fazer e lutar contra um diferente destino de Portugal, anos antes, durante a crise dinástica cuja sorte tinha imposto o domínio de um rei castelhano sobre os destinos do Reino de Portugal. Depois de se ter dado uma nova e a última reunião no palácio de D. Antão de Almada, hoje conhecido como Palácio da Independência por essa razão, a 1 de Dezembro de 1640, Os Conjurados invadiram o Paço da Ribeira onde se encontrava a vice-rainha de Portugal, a Duquesa de Mântua e o seu secretário-geral Miguel de Vasconcelos. Perante a invasão, a Duquesa de Mântua escondeu-se num armário e Miguel de Vasconcelos foi "defenestrado" (atirado pela janela) o que lhe causou a morte, e proclamaram rei D. João IV, Duque de Bragança descendente de D. João I, aos gritos de "Liberdade". O povo e toda a nação portuguesa acorreu logo a apoiar a revolução, Restauração da Independência, e assim, D.Filipe III de Portugal e IV de Espanha, que se encontrava já a braços com uma revolução não teve como retomar de imediato o poder em Portugal.
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