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O empresário Wilson Francisco Pinotti estava cansado de observar a poluição causada por garrafas de plástico no rio perto de seu sítio. “Era aquele mundo de garrafas boiando”, recorda. “Achei que podia fazer alguma coisa para mudar a situação”. Ele tinha trabalhado a vida toda com mecânica pesada, revendendo tratores, mas se lembrava do tempo em que seu pai, Hugo, fabricava vassouras no tempo livre. Como tinha fechado a empresa e estava à procura de uma nova atividade, passou a se dedicar à fabricação de vassouras, inicialmente convencionais, porém, em pouco tempo, colocou a criatividade à obra e criou seu novo produto: vassouras ecológicas, produzidas a partir de garrafas “pet”.

A empresa – batizada HP Vassouras, em homenagem a seu pai, Hugo Pinotti – teve início há seis anos, intensificando-se nos últimos quatro. Seu filho, André Luís, juntou-se à equipe, e hoje eles distribuem vassouras ecológicas para várias empresas de Araraquara, Americana (SP), Piracicaba (SP) e até Goiânia (GO). O vereador Rafael de Angeli (PSDB) esteve na empresa familiar nesta quarta-feira (5), para conhecer as instalações. “Fiquei sabendo do trabalho devido à nossa campanha ‘Transformação Solidária’, após recebermos uma doação de tampinhas de garrafas da empresa”, conta o parlamentar. Wilson e André compram as garrafas “pet” em ferros-velhos. Após a limpeza e remoção de resíduos de cola com querosene, as garrafas passam por um tanque com sabão, são secas e entram no processo de manufatura. Os equipamentos foram construídos ao longo dos anos pelo próprio Wilson, adaptando peças de caminhões e ferramentas simples, como estiletes, que cortam o corpo da garrafa em fios da espessura definida pelos empresários; cada garrafa rende de 9 a 10 metros. Em seguida, os fios passam por uma torção a quente e são cortados no comprimento adequado para a confecção das vassouras.

O produto é vendido principalmente para uso comercial. “As vassouras feitas de ‘pet’ são boas para pisos rústicos, pois são muito duras e não amassam. Vendemos bastante para limpeza de ruas, cemitérios, empresas”, informa André. “As donas de casa gostam para limpar tapetes”, acrescenta Wilson. Tudo o que não é aproveitado para a fabricação das vassouras é colocado em bags e entregue à Cooperativa Acácia para reciclagem. “Sei que a quantidade de plástico que utilizo não resolve o problema, mas pelo menos estou colaborando no que posso”, entende Wilson. “Tudo bem, é aos pouquinhos que se muda”, acrescenta André. Angeli concorda: “São iniciativas como esta que realmente ajudam a fazer a diferença. Fico muito satisfeito em conhecer e ajudar a divulgar projetos e produtos sustentáveis, que unem empreendedorismo, inovação e consciência ecológica, ainda mais nesta data simbólica. Justamente hoje, 5 de junho, comemoramos o Dia Mundial do Meio Ambiente, e esses empresários estão de parabéns por estarem fazendo a sua parte”.

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