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Na noite da sexta-feira (9), o artista plástico Ernesto Lia foi condecorado com o Diploma de Honraria de Patrimônio Emérito Cultural Araraquarense, em solenidade na Câmara Municipal de Araraquara. A homenagem integrou as comemorações ao Dia Municipal do Patrimônio Emérito Cultural, instituído pela Lei Municipal nº 9189, de 2018, de autoria do vereador Zé Luiz – Zé Macaco (PPS), a ser comemorado anualmente no dia 9 de março.

A honraria, promovida pela Associação de Bueno de Andrada para Cultura e Turismo Rural (Abatur), visa agraciar pessoas naturais que se destacaram, no âmbito do município ou fora dele, em atividades políticas ou sociais de produção artístico-cultural. “Nosso propósito é prestigiar, em vida, nossos ilustres araraquarenses que contribuíram para o enaltecimento e a elevação do nome de Araraquara. A homenagem ao artista se justifica pela qualidade do conjunto de sua obra. Ernesto Lia é patrimônio cultural de Araraquara”, destacou o presidente da Abatur, Théo Bratfisch.

A deputada estadual Márcia Lia (PT), prima do homenageado, ocupou a tribuna emocionada. “Acompanho a trajetória desse artista há décadas. Você é muito querido por nossa família e pela cidade de Araraquara. Este presente é mais do que merecido”, celebrou.

O marido da deputada, Nicolino Lia Júnior, falou “como foi importante ter crescido, acompanhando, de perto, a trajetória artística de meu primo”.

O vereador Paulo Landim (PT) fez coro aos presentes. “Este ato é apenas um pouquinho do que Araraquara deve a você”, afirmou.

O prefeito Edinho Silva (PT) classificou o gesto como um ato de justiça. “Minha fala é a fala da população de Araraquara: trata-se de um reconhecimento por toda a sua capacidade criativa e talento, imortalizados em sua obra”, pontuou.

Vale lembrar que o artista foi convidado para criar a tela em comemoração aos 200 anos de Araraquara.

O vereador Elias Chediek (MDB) também acompanhou a solenidade.

Sobre o homenageado

Reconhecido internacionalmente, o artista plástico Ernesto Lia nasceu em Araraquara há 78 anos. Filho do italiano José Lia e da brasileira Paschoalina de Lucca, cresceu em meio a uma família numerosa de 11 irmãos. Membro da Academia Brasileira de Belas Artes, do Le Centre International D'Art Contemporain Paris e da Accademia Mondiale degli Artísti e Professionisti da Accademia Tiberiana de Roma, sua produção – essencialmente impressionista - inclui portraits e paisagens. Graduou-se em 1956 pela Escola de Belas Artes de Araraquara, hoje extinta. Em seguida, estagiou no ateliê do pintor italiano Gaetano De Gennaro, em São Paulo, onde se aperfeiçoou em portraits. No ano de 1959, recebeu a Grande Medalha de Ouro da Associação dos Artistas Unidos do Brasil por seu reconhecimento dentro da arte brasileira com a tela em pastel "Gabriela Cravo e Canela". Desde então, ganhou diversos prêmios, nomeações e outorgas em várias localidades nacionais e internacionais, incluindo a nomeação como "Membro do Grand Prieuré do Brasil e Suíça", a "Gold Great Master Medal" - Curtis Hixon Convention Center, "Grande Médaille D'or" - Exposition D'art Contemporain – Nice e "A Medalha Grande de Ouro" - 1ª Mostra de Arte Contemporânea Brasileira - Expofair - Lisboa.