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“Eu gosto de soltar pipa com cerol. Acho que todo mundo gosta, pois é uma forma fácil de conseguir outras. Mas, depois da aula de hoje, vou pensar duas vezes para não colocar em risco a vida das pessoas”, disse o estudante Marcos Vinicius, de 15 anos, depois de assistir a palestra de conscientização contra o uso de cerol, na manhã de quinta feira, 29 de maio, na Emef Olga Ferreira Campos, no Jardim Universal. Estavam presentes a vereadora Juliana Damus (PP); o gerente de negócios da CPFL, Luiz Carlos Valli; o eletricista de linha viva, Osvaldo de Oliveira Bessa Jr.; o coordenador da Guarda Municipal de Araraquara, Marcos da Silva; e, os guardas municipais (GM), Sírio Magalhães Jr e Mery Hellen Amaro. Os alunos do 6º ao 9º ano da escola participaram, durante o horário de aula, de palestras sobre o tema. Eles tiveram informações de todos os riscos de ‘empinar pipas’, independente de conter ou não o cerol. Conheceram os perigos de linhas nos fios de energia, bem como a legislação existente no município. Foram mostrados vídeos com alguns casos de acidentes com a linha de pipa, além de dados colhidos pela CPFL Energia e pela Guarda Civil Municipal. Além disso, foi apresentado um vídeo, produzido por alunos de publicidade da Uniara, coordenado pelo professor Luís Carácio Junior (Caê), sobre a história de um garoto que perdeu seu o herói, o seu pai, em um acidente com linha de cerol. “Não falamos muito, mas mostramos os resultados desta brincadeira, que a primeiro momento, é inofensiva, mas se for feita na rua e com a mistura cortante, pode causar acidentes graves, levando uma pessoa à morte”, disse a vereadora. “Foi a melhor forma que encontramos de sensibilizar as crianças: mostrando em vídeos alguns exemplos que causam impacto.” De acordo com o eletricista, Bessa Júnior, “o fio com cerol pode cortar a fiação de energia, causando um apagão em uma determinada região ou cidade”. Para ele, “a campanha deve ser realizada com as crianças, pois também são agentes multiplicadores. A informação passada para 100 será espalhada por, pelo menos, mais mil pessoas, ajudando a alertar para os perigos”.
Fiscalização
Magalhães, agente da GM, informou que, mais do que nunca a Guarda fará a fiscalização. “Existe uma lei e ela deve ser cumprida. Se depender de nós, só terão crianças com pipas em áreas abertas sem fiação de energia elétrica e sem a mistura com cerol”, afirmou. Juliana, autora da Lei criada em 2005, ressaltou que junto da legislação vem a necessidade da conscientização, que deverá ser feita pelo poder público e empresas a fins. “Há anos, com o apoio de outras instituições, estamos trabalhando com campanhas, junto às crianças e adolescentes, para que a cada dia os índices de acidentes com relação às linhas de pipas, diminuam”, concluiu a vereadora. “Não vamos desistir deste trabalho, que pode salvar vidas”.
A legislação
Proíbe o comércio e uso de "cerol" e produtos similares em linhas ou fios; proíbe o uso de papagaios, pipas em pistas de rolamento de veículos ou em espaço público servido por cabos aéreos de energia elétrica; a criança ou adolescente que for flagrado na prática dessa atividade será encaminhado ao Conselho Tutelar para as providências cabíveis em relação aos pais ou responsáveis, além da apreensão de todo o material utilizado. O indivíduo está sujeito ao pagamento de multa estipulada pela municipalidade.
Misturas de linhas perigosas
O eolista profissional, Silvio Voce, explica que de todas as misturas usadas em linhas de pipas o Cerol é o menos perigoso, pois hoje existem outras linhas já fabricadas com cortante, que são mais perigosas. “Elas já vem prontas com um produto abrasivo, com poder de corte muito grande, podendo até cortar uma antena de carro. Estas linhas são fáceis de ser identificadas pela cor”, informou. De acordo com ele essas linhas já são febres entre os ‘pipeiros’ e já existem em Araraquara. São elas: linha chilena, indiana, tailandesa e diamantada.
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