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Se, ao tentar chegar à esquina da Rua Castro Alves com a Avenida Coronel José Xavier de Mendonça, seu GPS parecer enlouquecer e, de repente, você se vir na contramão, não se assuste. O mesmo acontece com todos os entregadores que devem chegar à junção das duas vias com a Avenida Professor Dr. Joel Claudio da Rosa Martins, no Jardim Santa Lúcia. “O trecho após o linhão foi construído depois das outras ruas, é uma continuação da minha rua, mas acaba se confundindo com a outra. É um grande transtorno, minhas correspondências só chegam porque o carteiro já se acostumou, mas os entregadores sempre vão embora com os produtos”, conta o servidor público Antônio Marcos Amaral Sampaio à vereadora Juliana Damus (Progressistas). Ele procurou o gabinete da parlamentar na quarta-feira (19) para falar desse e de outros problemas da sua área de residência.

De fato, há várias situações que precisam de atenção. Uma delas é uma poça que se forma constantemente na esquina mencionada, que exala um odor extremamente desagradável há pelo menos um ano. “A via foi muito mal feita, esta é a verdade”, desabafa o barbeiro Murilo Augusto Lopes, que se vê obrigado a trabalhar com as portas fechadas devido ao mau cheiro. “Há um ano, a história se repete: passa um caminhão, estoura o encanamento, a água empoça, vai infiltrando, o asfalto é poroso, estoura novamente. Os funcionários do Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgotos) vieram no ano passado e arrumaram o cano, mas a terra continua se soltando”, completa. A esposa admite: “Tenho até vergonha quando chega visita em casa. É esse fedor o tempo todo, e temos criança aqui”. Na rua, faltam também canaletas para o escoamento das águas das chuvas e, nos períodos de temporais, a água invade as casas. “Sem contar os buracos que estão por todos os lados”, enfatiza Sampaio, que acrescenta que os moradores atualmente cuidam do espaço verde em frente às casas. “Somos nós que carpimos, plantamos. É um espaço abandonado, mas não queríamos cobrir com cimento, embora esteja bem no meio do cruzamento das ruas confusas. Gostaríamos de ter um parque ou uma academia ao ar livre, pois o bairro tem muitos idosos.” A ideia é apoiada por Lopes, a esposa, e a sogra, Celia Rezende Veronesi, que conta: “No meu bairro, tem. Aproveitamos muito”. No dia seguinte, um servidor da Secretaria de Obras e Serviços Públicos esteve no local e acionou o Daae, que em breve realizará o serviço. Juliana também ficou de pedir ao secretário da pasta, João Bernal, um estudo para ver o que pode ser feito no local, já que a configuração das ruas é muito confusa. “Acompanharei o desenvolvimento dos trabalhos e farei todo o possível para garantir a esses moradores a dignidade e a qualidade de vida que toda a população deve ter”, concluiu a vereadora.