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A Câmara Municipal de Araraquara reconheceu oficialmente a importância do trabalho realizado pelo Centro Cultural e Assistencial Oficina das Meninas com a outorga do Diploma de Honra ao Mérito à entidade na noite da sexta-feira (14).
A Oficina das Meninas é um projeto idealizado pela pedagoga Adélia Bellodi Privato. “Adélia é uma dessas pessoas verdadeiramente altruístas que levam consigo a capacidade de renunciar ao porto seguro de suas vidas, passando por tempestades, para chegar ao seu tão sonhado objetivo”, observou o autor da indicação, o vereador Rafael de Angeli (PSDB). “Elas nos deixam uma grande e inspiradora lição de vida.” Representando o prefeito Edinho Silva (PT), a secretária de Assistência e Desenvolvimento Social, Maria Eloisa Mortatti parabenizou todas as pessoas que se dedicam à entidade e às meninas. “Fiquei emocionada e encantada com a história de Adélia e da Oficina. Esse trabalho é importante não apenas pelo fortalecimento de vínculos, mas pelo fato de escolher meninas com núcleos familiares que têm mulheres como chefes de família. Além de ajudar as meninas a se empoderarem, o projeto ajuda a nossa sociedade machista a mudar a sua visão em relação às mulheres”, declarou. O vereador Roger Mendes (PP), que representou o presidente da Casa de Leis, Jéferson Yashuda Farmacêutico (PSDB), lembrou as dificuldades financeiras que todas as entidades assistenciais enfrentam, desafio que conhece de perto por ter sido presidente de um comitê de assistência social no passado. “Fiquei honrado e feliz por ter sido escolhido para estar aqui nesta noite, pois o trabalho da Oficina das Meninas vai de encontro àquela que considero minha missão na vida pública”, salientou. “Vejo na política uma ferramenta de transformação, e os projetos da área social como um braço da administração pública. Com o seu trabalho magnífico, vocês conseguem alcançar lugares que o poder público não consegue”, acrescentou. Emocionada, a presidente da Oficina das Meninas, Anna Paula Nastri Fernandes Nunes dirigiu agradecimentos à Casa de Leis e a todos os envolvidos na homenagem e no trabalho desempenhado pela entidade. “Essa honraria é merecida, porque o projeto é muito bonito. Meu ‘muito obrigada’ aos funcionários, educadores, voluntários, diretoria, famílias, amigos e às meninas. Esse projeto é um sonho da dona Adélia, mas sempre foi realizado em equipe”, afirmou. Anna Paula contou ainda que, em certa ocasião, questionada sobre a intenção de abrir um centro educacional para ensinar as meninas a costurarem, bordarem e cozinharem, Adélia Privato respondera que não, que as meninas aprenderiam, em vez disso, a serem mulheres independentes à frente de suas famílias. “É o que temos tentado transmitir às meninas durante todos esses anos”, completou, lendo uma carta de uma ex-aluna, hoje adulta, agradecendo por ter recebido da entidade as ferramentas que a capacitaram para obter a sua independência. “Quando ajudamos alguém, também somos ajudados”, concluiu.
A Oficina das Meninas
O Centro Cultural e Assistencial Oficina das Meninas é uma organização sem fins lucrativos que atende a crianças e adolescentes. Tem suas atividades direcionadas para meninas de 6 a 18 anos, priorizando famílias de baixa renda nas quais as mulheres sejam provedoras (“chefes de família” como mães, avós, tias ou legalmente responsáveis). A entidade dispõe de uma equipe de profissionais atuando como educadores sociais nas áreas de dança, artes cênicas, inclusão digital, educação para valores, orientação e prevenção em saúde e um espaço lúdico, além de um grupo de apoio administrativo e de serviços de alimentação, limpeza e manutenção. Para os trabalhos pontuais, conta com um grupo de voluntários que tem desempenhado um papel importante na realização de eventos, na captação de recursos, na organização de atividades extras e na reorganização da biblioteca. A entidade foi fundada em 2002 por Adélia Bellodi Prevato, nas antigas instalações do escritório e oficina de propriedade de sua família. Após a reestruturação do espaço e a definição do projeto pedagógico, as atividades tiveram início, com dez meninas, em janeiro de 2004. Atualmente, são 70 meninas atendidas sob o olhar atento dos cuidadores, que mantêm o espírito do projeto inicial: a crença em que toda criança é um feixe de possibilidades e que é possível atuar ativamente na construção de uma vida digna por meio da promoção dos direitos humanos.
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