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Há um ano e cinco meses, Rosa Maria Teixeira Ozanic, de 66 anos, descobriu por acaso estar doente e começou a fazer hemodiálise. Atenta, nunca se descuida e elogia o atendimento recebido três vezes por semana no Hospital Canasol, de Araraquara. Mas, se a unidade auxilia, o Estado parece não colaborar. Estava há dois meses sem tomar um medicamento complementar e importante, o sacarato de hidróxido de ferro. Essa semana precisou comprar as ampolas para evitar complicações médicas. O caso de Rosa é igual a de outros 150 pacientes submetidos mensalmente as sessões de hemodiálise com o medicamento que evita problemas de anemia em portadores de insuficiência renal crônica. Em média, todos os meses, 550 ampolas são fornecidas gratuitamente pela Farmácia de Alto Custo, do Departamento Regional de Saúde (DRS), órgão vinculado ao Governo do Estado. Com atraso de dois meses, os usuários estão sendo orientados a comprar o medicamento para complementar a hemodiálise. Nas farmácias comerciais cada ampola custa em torno de R$ 12. Pacientes em diálise utilizam até dez ampolas por mês dependendo do resultado clínico do tratamento. O gasto pode chegar a R$ 120. A denúncia chegou ao gabinete do vereador Edio Lopes (PT), que foi ao Hospital e confirmou o problema. “Não dá para aceitar que isso esteja acontecendo. Vamos oficiar o Departamento para que explique esse atraso e restabeleça o fornecimento.” Por regra, cabe ao paciente buscar o medicamento na Farmácia de Alto Custo, mas para evitar prejuízos, o próprio hospital de tratamento dialítico estava retirando as ampolas e aplicando nos usuários, por meio do soro, dentro do hospital. A ideia é ajudar o paciente a cumprir todas as etapas definidas pelos médicos. Lopes, inclusive, teve acesso a documentos enviados pela Farmácia de Alto Custo informando não ter um prazo para a chegada do sacarato de hidróxido de ferro. Além desse medicamento, outros quatro são retirados mensalmente na Farmácia e seu fornecimento está normalizado. “Soubemos que o farmacêutico do hospital até aguardava para fazer a retirada dos medicamentos simultaneamente, mas, como essa demora se estendeu, ele está indo lá várias vezes contrariando até o sistema de logística.” De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, nos últimos dez anos, o número de pacientes com doença renal crônica cresceu cinco vezes mais do que a quantidade de clínicas, diminuindo muito a relação entre o número de vagas e pacientes. Apenas 7% dos municípios brasileiros têm unidades de diálise e mais de 70% dos pacientes descobrem a doença renal crônica na sua fase tardia. Números revelam, ainda, que mais de 80% faz seu tratamento de diálise pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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