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Em reunião com o prefeito municipal, Edinho Silva (PT), e com a secretária municipal da Saúde, Eliana Honain, representantes do grupo Chá de Lenços Único, que apoia pessoas em tratamento de câncer, questionaram o tempo entre o diagnóstico da doença e o início do tratamento feito pela rede pública. O encontro, realizado na terça-feira (2) na Prefeitura, foi intermediado pela vereadora Juliana Damus (Progressistas).
“Infelizmente, câncer é uma doença que não espera. Sabemos que o atendimento rápido aumenta as chances de cura, além de onerar menos o Estado, que economizará com sessões de ‘quimio’ ou radioterapia”, enfatizou a parlamentar. Atualmente, de acordo com a integrante Dorotheia Coutinho, o grupo conta com cerca de 200 mulheres em tratamento e a maior queixa é justamente essa demora. Há também relatos de espera de seis meses para exames de colonoscopia. Segundo a secretária, “não há fila para mamografia” na rede municipal de saúde. No entanto, Eliana informou que, a partir do momento que o paciente está sob os cuidados do Centro Oncológico de Araraquara e Região, o gerenciamento da fila torna-se responsabilidade da Santa Casa. Ainda, de acordo com a secretária, o município recebe, do Ministério da Saúde, cerca de R$ 400 mil mensais para tratamento oncológico, que é destinado integralmente para o hospital, mas a quantia não é suficiente: “Apenas a ‘radio’ e a quimioterapia custam mais de R$ 800 mil mensais, o que falta é complementado com recursos próprios”, pontuou. Dos encaminhamentos levantados, o prefeito sugeriu que um profissional da rede municipal acompanhe o gerenciamento feito pela Santa Casa. Além disso, uma reunião deve ser agendada para a próxima semana com representantes do hospital a fim de se conhecer a realidade do agendamento e quanto de recursos deve ser despendido para equacionar a questão. Fora isso, a secretária fará uma capacitação com servidores da rede para sensibilizá-los da importância do acolhimento e do diagnóstico precoce.
Rotina de atendimento
Conforme explicado pela secretária da Saúde, o atendimento inicial para casos de câncer se dá pela rede básica do município. “O generalista é um médico especializado em Saúde da Família e tem condições de fazer o diagnóstico”, detalhou. Dependendo dos resultados dos exames, o paciente poderá ser encaminhado a especialistas ou ao Ambulatório de Saúde da Mulher. Em seguida, é feita uma triagem pela Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer, que analisará a disponibilidade da unidade mais próxima para início do tratamento. Embora haja uma lei federal que institua prazo máximo de 60 dias para o tratamento de pacientes com câncer, Eliana reconhece: “Infelizmente, hoje as pessoas não têm esse acesso.” Com base em dados de 2018 da Agência Brasil de Notícias, os estados com mais pessoas na fila de espera são Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná. Atualmente, há 303 hospitais habilitados para atender pacientes com a doença. “É preciso conversar com as outras esferas. A União e os estados têm reduzido gradativamente o investimento em saúde, ficando a carga para os municípios”, concluiu a secretária.
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