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Um estudo técnico será realizado pelo Comando da Polícia Militar para avaliar a possibilidade de repatriar à cidade de origem o telefone de emergência da corporação: o disque 190. Desde 2013, as ligações feitas em Araraquara são atendidas por policiais efetivos e temporários em Ribeirão Preto. A informação foi dada na segunda-feira (28), pelo secretário estadual da segurança pública, Fernando Grella, durante uma reunião coletiva com vereadores de São Carlos e Franca, mas requisitada pelo presidente da Câmara Municipal de Araraquara, o vereador João Farias (PRB). O encontro foi na sede da Secretaria de Estado da Segurança Pública, em São Paulo.
Coube ao deputado estadual Antônio Mentor (PT), o agendamento da reunião. João Farias entregou um ofício com a assinatura de todos os parlamentares de Araraquara e mais alguns relatos de moradores apontando problemas ao tentar se comunicar com a PM durante uma situação de emergência. "Demos um passo importante que foi mostrar o problema e que a mobilização continua. O secretário prometeu fazer um estudo com a Polícia Militar e nós vamos aguardar, mas sem desistir", diz João Farias que ainda contou ao chefe da pasta sobre a peculiaridades do cotidiano da cidade.
Em Araraquara, por exemplo, as ruas centrais são conhecidas por números como é o caso da Rua São Bento, conhecida tradicionalmente como a três. Essa ausência do policial na cidade, segundo o parlamentar, dificulta a troca de informações durante uma ocorrência. Fernando Grella admitiu essa dificuldade no Interior do Estado e não descartou falhas no atendimento criado com o objetivo de padronizar e melhorar o trabalho.
Em fevereiro, o presidente da Câmara de Araraquara se reuniu com o vereador de Franca para tratar da ação articulada entre os Legislativos com o objetivo de repatriar para o âmbito local de cada município o atendimento de emergência da Polícia Militar, o disque 190. Desde o meio do ano passado, as ligações feitas na cidade são recebidas por policiais a Central de Operações da Polícia Militar (Copom), em Ribeirão Preto. Na reunião desta segunda-feira ainda estiveram presentes o vereador Aparecido Donizete Penha (PPS), de São Carlos, e os colegas Pastor Otávio Pinheiro (PTB) e José Barbosa da Silva (PPS), de Franca.
O disque 190 é o telefone de emergência da PM. Na prática, a ligação é feita para comunicar ocorrências ou para denunciar crimes. O objetivo foi direcionar tudo para o Comando de Policiamento do Interior (CPI-3), unidade em Ribeirão Preto, que administra pouco mais de 90 cidades, entre elas, todas sob a supervisão do 13º Batalhão de Polícia Militar do Interior, em Araraquara. São 7.3 mil ligações recebidas por mês. O telefonema é triado e, depois, repassado a cidade interessada. O problema é que pontos comuns viram algo desconhecido. É o que houve recentemente com o jovem Felipe Bittencourt, que é de Ibitinga, mas está morando em Araraquara. Ele foi para uma casa noturna e, ao pagar a conta percebeu que o valor estava quase vinte vezes maior. Ele reclamou e ligou para o telefone da PM. "Eles demoraram tanto para entender o que estava acontecendo e onde era que eu mesmo acabei resolvendo o problema." Para o secretário de Segurança Pública, casos assim indicam que pode estar ocorrendo um erro de procedimento porque a primeira pergunta que o atendente deve fazer é em qual cidade o solicitante está.
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