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Às 7 da manhã, cerca de 160 cooperados e outros três funcionários iniciam sua jornada de trabalho na Usina do Lixo, local que recebe todo o resíduo passível de reciclagem, incluindo isopor e óleo comestível, gerado pelos moradores da cidade. Esses trabalhadores residem em Araraquara ou Américo Brasiliense e chegam para a jornada, em sua grande maioria, a pé ou de bicicleta. Os que vão de ônibus, param no último ponto e caminham pela esburacada e não iluminada Rua Gervásio Brito Francisco, onde a Usina está localizada.
O vereador Rafael de Angeli (PSDB) esteve na Usina e conversou com os cooperados, a fim de conhecer as peculiaridades deste trabalho e receber suas demandas. A principal reclamação diz respeito à rua defronte à Usina, que parece ser de terra, por conta da grande quantidade de buracos no asfalto, além de não ter iluminação, causar acidentes com ciclistas e motociclistas que passam por ali, e dificultar a caminhada. Em dias de chuva o trajeto alaga, dificultando mais ainda a locomoção. Além disso, não há placas externas ou internas sinalizando a existência da Usina ou de seus setores.
Grande parte dos membros da cooperativa é mulher. Elas sofrem no percurso e também com a sensação de insegurança, pois afirmam que homens saem do matagal e, muitas vezes, as perseguem.
“O encontro com o pessoal da cooperativa foi muito positivo! Todos aqui sabem do que precisam e vão atrás de alternativas. As trabalhadoras deram sugestões e contrapartidas que podem ser viáveis. O que sensibiliza é a força de vontade delas, o conhecimento sobre possíveis caminhos para a resolução das questões da Usina”, disse Rafael.
A Acácia está diretamente ligada à logística reversa, que é um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo, em outros ciclos produtivos, ou em outra destinação final ambientalmente adequada, tratada pela Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), pela Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, e pelo seu regulamento, o Decreto Nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010.
“Muitos produtos chegam aqui e não conseguimos dar um destino final para ele. Algumas empresas estão desrespeitando a Política Nacional e produzindo embalagens recicláveis, porém, com alguma película ou pintura que inviabiliza a reciclagem”, disse Helena Francisco da Silva, presidente da Cooperativa.
Garrafas PET coloridas e frascos de leite são exemplos de embalagens que estão sendo comercializadas e não podem ser recicladas sem um processo de descontaminação, geralmente realizado através da separação por densidade. Essa técnica ainda não está disponível na cidade devido ao alto custo, a necessidade de amplo espaço físico e de baixa variedade de contaminação em um mesmo conjunto de materiais.
“É necessário verificar a atuação dessas empresas que estão impossibilitando a reciclagem de muitas embalagens. O gerador do produto deve pensar em todo o processo, não somente na venda”, enfatizou o parlamentar.
Também estiveram presentes no encontro o superintendente do Daae, Wellington Cyro de Almeida Leite, o gerente de Resíduos Especiais e Volumosos, Marcos Scalize, o gerente de Resíduos Sólidos, Agamenom Brunetti Júnior, e a cooperada Marta Joaquim.
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