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Na semana passada, o vereador Rafael de Angeli (PSDB) e a secretária da Educação, Clélia Mara Santos, reuniram-se para discutir demandas de instituições de ensino municipais. “Desde o início do mandato, temos dialogado sobre as várias necessidades das escolas da cidade, apresentadas ao nosso gabinete e em visitas in loco. Como o Executivo é responsável pela execução dos trabalhos, é fundamental discutirmos juntos para podermos dar uma resposta à população”, salienta o parlamentar.
Ampliação de instalações
Um dos pontos discutidos foi a ampliação da Escola Municipal de Educação Fundamental (Emef) “Professor José Roberto de Pádua Camargo”, no Jardim Dom Pedro I. “A escola ganhou no OP [Orçamento Participativo] do ano passado e está aguardando o início das obras”, explica o vereador. De acordo com a secretária, “a escola demandará um bom trabalho de engenharia, pois é difícil em termos de localização, em um terreno com declive, mas está tudo dentro do cronograma. No primeiro semestre, estive lá com a equipe do projeto arquitetônico, que está sendo analisado pelas secretarias de Obras e Serviços e de Desenvolvimento Urbano. Depois de apresentado à Secretaria da Educação, irá para licitação. As obras do OP geralmente iniciam no segundo semestre, e será assim também neste caso”.
Contratação de pessoal
Já o Centro de Educação e Recreação (CER) “Concheta Smirne Mendonça” solicitou uma funcionária a mais para a parte da limpeza, dado que a área externa da escola é muito grande. Clélia explica que, no momento, não será possível contratar mais pessoal. “Estamos sem concurso para operacional, e pedimos que as escolas revezem suas equipes internas para a limpeza. É um momento difícil em termos de recursos”, justifica. A escola também está aguardando a reposição de uma agente de cozinha que aderiu ao Programa de Desligamento Voluntário (PDV) da Prefeitura. A secretária garante que “todo mundo que saiu pelo PDV, exercendo cargos essenciais, será reposto. É um trâmite demorado, e trabalhamos com o imponderável. Há um prazo legal a cumprir para o preenchimento da vaga, e a pessoa pode desistir no último momento, como tem acontecido com os professores do último concurso, que estamos chamando”. Ela acrescenta que, das merendeiras que saíram no PDV, a maioria já estava em redução de jornada ou fazendo outros serviços. “O grande problema das cozinhas de nossas escolas são as ausências. A alta taxa de faltas por dia é um dilema diário, que compromete muito o trabalho”. Além da reposição de duas agentes de cozinha, a equipe do CER “Profª Maria José Pahin da Porciúncula”, no Jardim Iguatemi, também questionou sobre a possibilidade de construir um novo CER. “O caminho é o Orçamento Participativo. É preciso que as lideranças do bairro, inclusive a própria escola, mobilizem os moradores para participarem das plenárias e apresentarem a reivindicação”, orienta Clélia.
Autismo
Durante uma visita ao CER “Marialice Lia Tedde”, a diretora apontou a necessidade de contratar profissionais dedicados aos estudantes autistas. “A ideia é não prejudicar o estabelecimento de vínculos, que são importantes para as crianças. A equipe da escola contou que rotatividade de professores atrapalha bastante”, conta Angeli. Clélia esclarece que “a necessidade do vínculo é uma premissa básica na educação especial. Mas trabalhamos com muito cuidado. Nem toda criança com autismo tem necessidade de acompanhante dedicado, porque há diferentes graus de autismo. Não há normativa nacional ou internacional que pressuponha que sim. Para crianças com autismo leve e moderado, com boa autonomia, que estão no convívio com as outras crianças, nem é aconselhável ter um agente educacional especial. Tentamos colocar as crianças em classes com número um pouco reduzido de alunos. Se percebemos que a criança não está acompanhando, um agente educacional é designado. Para o atendimento educacional especializado, um pool de profissionais, formado por neurologista, psicólogo e psicopedagogo, deve diagnosticar os problemas e solicitar o atendimento individualizado”.
Horta urbana
Por fim, o parlamentar e a secretária conversaram a respeito da possibilidade de instalar uma horta urbana no terreno que faz fundo com o CER “Profª Amélia Fávero Manini” e com o Orfanato Renascer, no Jardim Água Branca. Ambas as instituições estão ansiosas para dar vida à horta, envolvendo as crianças e a comunidade no projeto. A primeira resposta obtida pela titular da pasta foi negativa. Ela recebeu um parecer da Procuradoria do Executivo informando que o terreno em questão é uma área verde da Prefeitura e que, portanto, não poderia ser cedida. “Mas o parecer não é definitivo. Estamos em discussão para encontrar um caminho, a fim de obter autorização para uso do terreno. É um projeto bacana, que pode até gerar renda e que já existe em outras cidades. Vamos continuar buscando uma solução”, garante Clélia. Para Angeli, o encontro foi positivo. “Sempre que trazemos as demandas para a secretária Clélia, vamos embora com muito aprendizado. Este laço do legislativo com as secretarias é essencial para que os problemas sejam expostos e, sempre dentro do possível, resolvidos. Agradeço à Clélia pela atenção em sempre nos atender. Nossa educação municipal também agradece”, comenta o vereador.
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