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A Câmara Municipal de Araraquara realizou uma Sessão Solene na sexta-feira (11), Dia do Advogado, no Plenário da Sede do Legislativo, para celebrar o Dia Municipal de Defesa das Prerrogativas da Advocacia Araraquarense. A Sessão foi realizada em conjunto com a 5ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Araraquara. O homenageado deste ano foi o advogado Anésio Runho, em reconhecimento aos bons serviços prestados à advocacia e à sociedade araraquarense.

O presidente da Câmara Municipal, Jéferson Yashuda Farmacêutico (PSDB), que presidiu a sessão, observou que “a OAB conta com mais de 1.700 inscritos de Araraquara e um vasto campo de atuação. Temos grandes representantes araraquarenses na esfera jurídica em nível municipal, estadual e nacional. É um prazer e uma honra participar da entrega deste reconhecimento a um grande profissional, cujo nome ficará marcado no ano de comemoração dos 200 anos de nossa cidade”. Palavras de apreço também foram dirigidas a Runho por Ivan Rodrigues de Andrade, juiz de direito da 1ª Vara da Família e Sucessões da Comarca de Araraquara, que representou o juiz e diretor do Fórum, Heitor Luiz Ferreira do Amparo. Citando Dostoievski, ele declarou que “existem coisas que não cabem em palavras. O que diferencia os homens são os pequenos gestos, e todos os que conhecem Dr. Anésio sabem que ele sempre tem uma palavra de carinho e atenção para oferecer a quem o encontra”. O vice-presidente da 5ª Subseção da OAB, Tiago Romano, representando o presidente da entidade, João Milani Veiga, destacou a importância da defesa das prerrogativas advocatícias, bem como da função dos advogados. “A Constituição Federal determina que não se faz justiça sem o advogado, e não poderia ser diferente. Todo cidadão merece defesa sem preconceito e julgamento de valor, e o advogado é o profissional capacitado para isso. As prerrogativas não são privilégios, são ferramentas para exercer direitos. Toda vez que uma prerrogativa é ferida, quem é atacado não é o advogado, mas, sim, o cidadão, bem como o estado democrático de direito”, declarou, acrescentando que a escolha de Runho para o reconhecimento foi fácil, dada a sua retidão no exercício da profissão.

O papel do advogado e das prerrogativas também foi pontuado pelo procurador-geral do Município, Rodrigo Cutiggi, que representou o prefeito Edinho Silva (PT) na solenidade. “O advogado não atua em causa própria, ele é convocado para representar as partes, e as prerrogativas são seus instrumentos de trabalho. Nada mais adequado do que estar aqui hoje, celebrando todos os advogados na pessoa do Dr. Anésio, um profissional brilhante e um cidadão e pai de família exemplar”, declarou. Ao assumir a tribuna, Anésio Runho agradeceu emocionado à Câmara Municipal e à OAB pela homenagem e dirigiu palavras amorosas à família: “Minha alegria e minha emoção são grandes por ver minha família reunida aqui hoje. Não foi fácil chegar aqui, pelo contrário, foi complicado, estudando à noite e criando três filhos, mas tive uma apoiadora que me incentivou nos momentos de grande dificuldade: minha esposa Izaura, a quem só posso agradecer. Esse prêmio não é meu, é de todos os advogados”, concluiu. Estiveram presentes na Sessão a vereadora Juliana Damus (PP), o diretor tesoureiro da OAB 5ª Subseção Araraquara, Lincoln José Guidolin e o vice-presidente da Associação dos Servidores Públicos de Araraquara (Aspa), Paulo Dimas Cezar, além de familiares e amigos de Anésio Runho.

O homenageado

Anésio Runho nasceu em um sítio em Fernandópolis (SP), em 1944. Quando tinha 10 anos de idade, a família mudou-se para Araraquara, onde ele, embora muito jovem, foi trabalhar como jornaleiro. Distribuía diariamente o jornal “O Imparcial”, entre 5h30 e 9h, e depois trabalhava como balconista nas Casas Ideal. Foi quando entrou em contato com a doutrina espírita, que professa até hoje. Cursou técnico do comércio (equivalente a ginasial e técnico em contabilidade) no Colégio Duque de Caxias. Em 1964, começou a trabalhar no Banco Mercantil de São Paulo. Três anos depois, foi para a Souza Cruz. Em 1969, casou-se com Izaura da Silva Cezar, com quem teve três filhos: Alexandre, Adriano e Alan. Enquanto a família crescia, Anésio prosperava no trabalho, porém mantinha uma aspiração secreta: tornar-se advogado. Decidido, utilizou a demissão da empresa como propulsor para a realização do sonho. Apesar das dificuldades, mas com o apoio da esposa, voltou aos estudos em 1986, ingressando na Faculdade de Direito São Bento, hoje Uniara. Com esforço e dedicação, graduou-se em 1989 e filiou-se à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Na época, ele tinha 40 anos, e estava radiante por poder desempenhar o papel que sempre almejara: atuar nas áreas trabalhista e civil, nos segmentos de família, comercial e imobiliário. A convite do amigo Waldemar Antonieto, diretor do Juizado Especial de Pequenas Causas, prestou serviços como conciliador durante muito tempo. Atuando há 27 anos como advogado, Anésio Runho vem realizando a sua meta de vida, lutando pela justiça com respeito pelo ser humano.