173
Considerada referência internacional, a Lei Maria da Penha resguarda as mulheres quanto à violência física, moral, patrimonial, psicológica e sexual. Os delitos são julgados por Juizados Especiais Criminais, com agravante de pena por se tratar de violência doméstica e familiar contra mulher, e piora em caso de a vítima ser menor de 14 anos, maior de 60 ou possuir deficiência.
Completando dez anos de existência, a Lei é um avanço e para discutir o tema a Escola do Legislativo reuniu três mulheres atuantes em diferentes segmentos da sociedade: a presidente da Comissão da Mulher Advogada, da OAB Araraquara, Carla Missurino, a titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Meirilene de Castro, e a coordenadora de Políticas para Mulheres do Centro de Referência da Mulher, Tatiane Tertulina de Oliveira Gonçalves.
Para Carla, a Lei é um avanço e ajuda a salvar a vida e recuperar as mulheres, além de ajudar a sociedade. “A mulher tem vergonha da violência. Ela precisa ser cada vez melhor amparada, e a sociedade e as instituições precisam entender que a culpa do crime é do criminoso, e não da vítima”.
A delegada Meirilene faz um balanço positivo, principalmente na mudança da mentalidade das mulheres. “A informação e o conhecimento da Lei aumentou a procura para denúncias. Além disso, a medida protetiva cautelar, concedida em até 48 horas, afasta o agressor e faz com que a mulher se sinta segura".
Tatiane acredita que é necessário que a mulher conheça os serviços oferecidos. “A violência desmotiva a vítima e até mesmo a família. Atendemos a mulher e, quando necessário, a família também! Acredito que a mulher não possa vencer a violência sozinha, por isso o Centro se dispõe a entender seu caso, pois sabemos que cada caso é um caso”.
De acordo com o mapa da violência da ONU (2015), no Brasil, 405 mulheres são agredidas por dia, sendo a maior parte delas negra. Sete de cada dez ataques ocorrem durante o dia, sem padrão de idade, vestimenta ou comportamento.
Apesar das opiniões contraditórias sobre o tema, todas concordam que a Lei não diminuiu os casos de violência, mas trouxe respaldo para as vítimas aumentando o quadro de denúncias. Para as palestrantes, o crime ataca a credibilidade e desqualifica a mulher e é importante que o atendimento e o tratamento evoluam cada vez mais.
Confira o vídeo!
Publicado em: 18 de agosto de 2016
Cadastre-se e receba notícias em seu email
Categoria: Escola do Legislativo
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Em celebração ao mês da Consciência Negra, a Escola do Legislativo (EL) e a Gerência de Gestão de Pessoal da Câmara Municipal de Araraquara, realizam na quinta-feira (28), das 13 às 17 horas, o cur...
Com o objetivo de preparar os vereadores, tanto novos quanto reeleitos, para os desafios do mandato 2025 a 2028, a Escola do Legislativo (EL) promoverá, na segunda-feira (25), às 14 horas, o curso...
Com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da aplicabilidade da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e fornecer ferramentas para que as pessoas possam ter a privacidade de seu...
O crescimento acelerado da população idosa é realidade no Brasil. A previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é de que, em 2030, haverá mais brasileiros com idade superior...
Iniciada em abril de 2024, a 10ª edição do Parlamento Jovem (PJ) chegou ao fim com a realização da Sessão Oficial na tarde da quinta-feira (31). O projeto, organizado pela Escola do Legislativo (EL...
A Sessão Oficial do Parlamento Jovem 2024 será realizada nesta quinta-feira (31), no Plenário da Câmara Municipal de Araraquara, com transmissão ao vivo pela TV Câmara (canal 17 da Claro/Net), pelo...
O conteúdo do Portal da Câmara Municipal de Araraquara pode ser traduzido para a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) através da plataforma VLibras.
Clique aqui (ou acesse diretamente no endereço - https://www.vlibras.gov.br/) e utilize a plataforma.