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História de Américo Borges é tema de mesa-redonda na Câmara

Musicista foi autor de trilhas sonoras de quatro filmes gravados em Araraquara, incluindo 'Santo Antônio e a Vaca'

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A Câmara realizou, na noite de quinta-feira (4), a mesa-redonda “A importância de Seu Américo para a cidade de Araraquara”. O evento foi organizado pela vereadora Fabi Virgílio (PT), como parte da 1ª Semana Municipal do Patrimônio Histórico – Américo Borges, instituída pela Lei nº 11.464/2025.

 

Compuseram a mesa Zé Henrique Martiniano, engenheiro e músico que lançou o álbum “Cinema Caipira”, em homenagem a Américo Borges e Wallace Leal, e Weber Fonseca, ator, produtor e especialista em Gestão de Memória e Patrimônio Cultural, além de Luciana Borges, filha do homenageado, e Fabi Virgílio.

 

“Cheio de histórias para contar e que gostava de compartilhar” foi a forma como Luciana começou a descrever Seu Américo. “Ele nunca quis que a história dele acabasse”, completou. Para atender o desejo do pai de dar continuidade ao legado, Luciana decidiu abrir o acervo que guarda o histórico de anos de trabalho. As memórias relacionadas às partituras, filmes e outros arquivos foram compartilhadas pelo próprio Américo Borges.

 

Zé Martiniano relembrou que o homenageado foi autor das trilhas sonoras dos filmes “Santo Antônio e a Vaca” (1958), “Férias no Arraial” (1960), “A Vida Quis Assim” (1967) e “Enquanto Houver Esperança” (1968), gravados em Araraquara de forma improvisada. Naquela época, a equipe fazia a movimentação da câmera com o auxílio de um carrinho de mão, explicou.

 

Martiniano rememorou, ainda, o evento “Loucos por cinema”, realizado em 2008, no Sesc Araraquara. Na ocasião, o engenheiro e músico foi responsável pela performance das músicas de autoria de Américo Borges. A partir da apresentação, surgiu o álbum “Cinema caipira”.

 

Para Weber Fonseca, a importância da realização da 1ª Semana Municipal do Patrimônio Histórico – Américo Borges está em preservar um patrimônio imaterial. Essa preservação é dever do Estado, explicou, e os inventários podem ser feitos por equipes técnicas, administrativas ou com a participação da população. “A forma mais democrática, mais contemporânea e moderna de se fazer o inventário é a participativa”, opinou.

 

Além do que normalmente se reconhece como patrimônio, como prédios históricos, elementos importantes para uma família ou comunidade, como uma receita de crochê ou um banco, também podem ser considerados patrimônio a partir de uma decisão coletiva, comentou Fonseca. “Quando a gente se organiza socialmente para reverenciar uma memória, elegemos aquilo que é patrimônio”, complementou.

 

Também acompanharam o evento Fabiana Borges, filha do homenageado, a neta Laura e o chefe da Divisão de Acervos e Patrimônio da Secretaria de Cultura de Araraquara, Gustavo Ferreira Luiz.

 

Para rever

A mesa redonda foi transmitida ao vivo pela TV Câmara, no canal 17 da Claro, e pode ser conferido na página do Facebook e no canal do YouTube da Câmara.


Publicado em: 05 de setembro de 2025

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Categoria: Câmara

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