Notícias

389

Dando continuidade ao trabalho de promover inclusão e representatividade dos grupos minoritários nos jogos universitários Inter Araraquara 2018, que serão realizados no mês de novembro na cidade de Araraquara, a vereadora Thainara Faria (PT) esteve reunida durante a sexta-feira (21) com o coordenador Executivo de Políticas de Promoção de Igualdade Racial, Luiz Fernando Andrade, a coordenadora executiva de Políticas Públicas para Mulheres, Amanda Vizoná, a assessora especial de Políticas LGBT, Filipe Brunelli, o psicólogo Iago Bastos e os organizadores do evento.

Com o intuito de evitar a ocorrência de ofensas e discriminações contra o público LGBT, bem como contra os negros e as mulheres, a parlamentar, juntamente com o grupo, conversaram sobre a logística para a criação de uma tenda de acolhimento para amparar as pessoas que sofrerem qualquer tipo de abuso ou agressão durante a realização do evento. Iago Bastos comprometeu-se a prestar atendimento voluntário a fim de poder orientar quem se sentir menosprezado ou agredido apenas por ser quem é. Com o trabalho voltado para o público LGBT, o psicólogo também empenhará esforços para criar uma rede de profissionais voluntários. Na ocasião, Thainara reiterou a importância do trabalho de Bastos e pediu a ele para destacar os requisitos necessários para um atendimento de qualidade. “Mesmo em um espaço limitado, é imprescindível a preservação da intimidade da vítima. Por isso, o ideal é que a equipe organizadora esteja atenta às questões de acústica do local. Além disso, é importante cedermos um tempo de pelo menos 30 minutos para que a vítima de fato possa desabafar”, explicou o psicólogo.

A expectativa é que os casos notificados sejam encaminhados para as coordenadorias específicas que estarão de plantão 24 horas para prestar assistência. Em situações mais extremas, como, por exemplo, estupros, Amanda Vizoná explica que a equipe responsável pelo acolhimento inicial deve encaminhar diretamente a vítima, se mulher, para o Hospital Gota de Leite e, se homem ou mulher transexual que não passou pela cirurgia de mudança de sexo, para a Santa Casa de Misericórdia. “Quem é vítima de estupro recebe uma medicação forte para evitar doenças e uma possível gravidez. No caso da ingestão de bebidas alcoólicas, é importante informar à equipe médica para que o estômago da vítima não seja agredido e o resultado dos remédios, ineficaz”, explicou. Thainara relembra também que o ideal é que a vítima não tome banho. “Sabemos que a vontade de ‘limpar’ o abuso existe, porém, até a realização do exame de corpo delito, o ideal é manter as provas do crime para de fato conseguir punir quem o cometeu.”

Ao final da reunião, os estudantes responsáveis pela comissão organizadora fizeram perguntas a fim de assegurar um melhor atendimento à vitima. “Nossa preocupação é garantir que essa vítima não seja ainda mais exposta e, por isso, estamos hoje aqui esclarecendo nossas dúvidas com os profissionais. Assim que finalizarmos o esboço da logística, encaminharemos para a análise do grupo”, concluiu Andressa Yuri.

Também participaram da reunião os estudantes Talita Evangelista, Lucas Cassino, Vinicius Pontoglio e os profissionais da empresa Criativa Hugo Lollato e Marcelo Garuffi.