2013
O mês de maio é emblemático para as mães, a figura familiar materna e para a maternidade, pois no segundo domingo do mês é celebrado o Dia das Mães. Com o objetivo de sensibilizar, conscientizar e informar sobre outro assunto ligado à maternidade, a saúde mental materna, o vereador João Clemente (Progressistas) propôs a Lei Municipal nº 10.613/2022, instituindo e incluindo no Calendário Oficial de Eventos do Município de Araraquara a campanha de sensibilização e promoção da saúde mental materna “Maio Furta-Cor”.
“Depressão, ansiedade, sentimentos de culpabilidade, pressões e estigmas sociais, sentimentos esses maximizados por múltiplas jornadas de trabalho e dedicação à família, estão trazendo prejuízos à saúde mental das mães. E a sociedade precisa reagir”, argumentou o parlamentar na proposta.
A campanha “Maio Furta-Cor” foi idealizada pela psicóloga Nicole Cristino e pela psiquiatra Patrícia Piper, especialistas em perinatalidade. E dentro das atividades do mês, a Câmara Municipal realizou a Mesa Redonda “Saúde mental materna importa!", convocada e mediada pela vereadora Fabi Virgílio (PT), na tarde da sexta-feira (24).
“É mais uma pauta que Araraquara inaugura neste ano para pensar e como um marco de caminhos futuros e prósperos para políticas públicas, e para isso precisamos inaugurar uma discussão. Esta tarde é um marco para esta Casa e para a nossa cidade, para avançarmos nesse tema tão delicado, mas que ao mesmo tempo ninguém coloca e tira o véu sobre isso”, pontuou a parlamentar.
Clemente concorda que o assunto precisa ser colocado na mesa. “É furta-cor porque ele rouba as cores de todos os outros temas. É um projeto central, pois ele vai falar da saúde mental, no trato da saúde da mulher. Então ele vai pegar um pouquinho de cada cor para poder compor a sua realidade.”
Para a psicóloga especialista em Inteligência Emocional e Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) Luna Carvalho, regente da campanha em Araraquara, a intenção é o engajamento social. “A sobrecarga as mães já conhecem, elas já sentem que estão sobrecarregadas, elas já têm tido dificuldades emocionais de se organizar, do autocuidado, então o que a gente precisa é conscientizar a sociedade, sensibilizar esse olhar para as mães. Não é só sobre negligência, tem maridos que querem auxiliar e não sabem como, percebem o adoecimento da esposa dentro do lar, mas como ajudar, quem procurar?”, afirmou. “Então estamos nos apresentando e nos disponibilizando”, completou.
A psicóloga clínica e terapeuta cognitiva-comportamental Sandra Piva, que desenvolve trabalho voluntário na Equipe Multidisciplinar do Mulheres Empreendedoras de Araraquara (MEA), acredita que a sobrecarga sempre existiu e sempre vai existir, “só que de uma forma muito diferente, a sobrecarga vai ser boa, se conseguirmos trazer o lado saudável”. “É do maternar também esse cuidado diferenciado do cuidado do homem, mas precisamos valorizar também o cuidado do homem dentro da casa. A mulher foi ficando sozinha e não permitindo aos homens contribuírem dentro de casa porque não fazem como nós fazemos. Então também precisamos melhorar esse valor, para trazer os homens para nós. Precisamos mudar a forma de nos comunicarmos porque, como foi falado, muitos querem ajudar e não sabem como, como se existisse uma cartilha.”
Segundo a psicóloga perinatal e da parentalidade que atende exclusivamente mães e mulheres, Juliana Superbi, que também é palestrante e idealizadora do podcast “Mães Autênticas”, existe uma estrutura de maternar invisível. “As mães são invisíveis. A sociedade não olha para a mãe. Cobra sobre ela ser mãe, sobre ela conseguir cuidar bem, gerar bem, educar bem, mas há uma invisibilidade, inclusive da própria mãe. A própria mãe não percebe que ela está fazendo parte de uma estrutura que a leva a se comportar de determinadas maneiras. E isso precisa ser visto.”
Avanços
Fabi destacou que no município ainda não há um atendimento individualizado de psicologia disponibilizado. “Não temos porque o serviço é limitado. Mas conseguimos construir um grupo de acolhimento, com uma psicóloga fazendo um acompanhamento, uma vez por semana, para as mães atípicas. Elas hoje têm uma terapia em grupo, mas o pedido delas ainda é que fosse fora do Centro de Autismo, para que elas estivessem em um outro ambiente. Isso foi um avanço recente, e a tendência é que consigamos ampliar cada vez mais esse atendimento.”
A vereadora apontou que ainda há um grupo de arte-terapia no Centro de Referência da Mulher (CRM) para as mulheres que querem algum atendimento diferenciado. “A grande demanda do CRM são as mulheres vítimas de violência e ele conta com salas de atendimento para as psicólogas.”
Confira na íntegra o evento, que foi transmitido ao vivo pela TV Câmara, aqui.
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