Publicado por: Foto: Prefeitura Municipal de Capivari
548
Ciente de que o assoreamento de rios, córregos e lagos é um problema em muitos lugares, incluindo Araraquara, o vereador João Clemente (Progressistas) enviou ao Executivo em agosto o Requerimento nº 670/2024, no qual pediu informações sobre a situação do Córrego da Caixa d’Água, localizado no entorno da Avenida São João, no Parque São Paulo.
O parlamentar destacou que o depósito de sedimentos trazido pelas chuvas, somado ao lançamento de esgoto e outros dejetos, acaba se tornando um problema não só para o meio ambiente, mas para toda a população.
“As consequências do acúmulo de detritos podem ser sentidas diretamente pela comunidade, pois diminuem a velocidade da vazão da água ao encontrar tantos obstáculos, podendo atingir espaços onde antes não existiam cursos d'água, incluindo ruas e casas, causando, portanto, as enchentes urbanas”, justificou Clemente.
No documento protocolado, foram questionadas as ações saneadoras realizadas no leito do córrego, além das medidas tomadas pelo Município para tratar o problema de forma contínua, já que o desassoreamento é algo drástico, porém paliativo.
Ainda foram abordadas no requerimento questões relacionadas à recuperação das planícies de inundação e de funções ecológicas da área, manutenção da integridade ecológica, além da possibilidade do uso da eco-hidrologia na recuperação da vegetação nativa em locais estratégicos do relevo.
Em resposta, o Departamento Autônomo de Água e Esgotos (Daae) afirmou que até o momento não foi identificada a necessidade da execução de serviços para remoção de sedimentos, vegetação, encontrados nas margens ou curso do córrego em questão.
Além disso, o gerente de Recursos Hídricos e Mananciais da autarquia, Artur de Lima Osório, complementou que, “em novembro de 2023 foi iniciada a emissão de viabilidade técnica, quanto a Proteção dos Recursos Hídricos e Mananciais do município, face à implantação de novos empreendimentos que se enquadram nos critérios de expansão urbana”.
Na sequência, o engenheiro do Daae detalha várias ações que têm sido efetuadas em parceria com outras secretarias e universidades, como a criação do Comitê Técnico de Redução de Riscos de Desastres e Impactos Ambientais, a implantação de vagas verdes em novos projetos imobiliários e o estabelecimento de normas para o Manejo Sustentável das Águas Pluviais e Fluviais da Rede de Drenagem Municipal.
Rafael de Mello, fiscal de Meio Ambiente e presidente do Comitê, acrescenta que Araraquara também conta com o Plano Municipal de Controle de Erosão Hídrica, que já identificou e cadastrou 135 processos erosivos no território municipal, dos quais 22 possuem relatório técnico preliminar e análise de risco.
Segundo informações da gerência de drenagens da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, existe projeto executivo e orçamentos para a realização de obra no bairro para implantação de uma travessia em bueiro duplo tubular de concreto, na confluência da Rua Maria Brambilla Passos com a Avenida Francisco Martins Caldeira Filho, local que costuma sofrer com alagamentos na temporada de chuvas e que está em processo erosivo.
Sobre a recuperação das planícies de inundação, Osório menciona o Plano Diretor de Desenvolvimento e Política Ambiental de Araraquara em vigor, dando destaque ao artigo 111, que trata dos objetivos das Redes Hídricas e Corredores de Integração Ecológica (Cieco).
Em relação à implantação de sistemas inteligentes de drenagem, a secretária municipal de Desenvolvimento Urbano, Sálua Kairuz Manoel Poleto, destaca o projeto de macrodrenagem para o município, denominado "Ações de Saneamento Integrado nas Bacias do Ribeirão do Ouro, Córrego da Servidão, Córrego Capão do Paiva e de seus afluentes”.
A iniciativa, que prevê a construção de quatro complexos de reservatórios de águas pluviais, incorporando o conceito de cidade esponja ao planejamento urbano municipal, é fruto de um convênio de R$ 148 milhões, assinado com o Governo Federal em maio deste ano.
A titular da pasta finaliza reforçando que, “além dos investimentos garantidos em contrato, existe um conjunto de legislações municipais, entre elas o plano diretor e plano regulador do parcelamento do solo, que regulam o uso do solo urbano de modo a garantir a diminuição do volume de água pluvial que escoa para sistema de drenagem convencional”.
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.
Na tarde de quarta-feira (07), os integrantes da Comissão Especial de Inquérito (CEI) da Educação, vereadores Balda (Novo), Cristiano da Silva (PL), Guilherme Bianco (PCdoB) e Maria Paula (PT) s...
A Câmara Municipal de Araraquara manifesta profundo pesar pelo falecimento de Fernando César Câmara, carinhosamente conhecido como Galo, ocorrido nesta quarta-feira, 7 de maio de 2025. Nascido em...
Uma Audiência Pública realizada na Câmara abordou a necessidade de criação de uma política municipal para a promoção do uso racional de medicamentos. O evento foi realizado na tarde de segunda-feir...
O ciclismo da Fundesport obteve quatro títulos e dois vices, além de outras boas posições na Prova Primeiro de Maio e no Campeonato Paulista de Estrada, disputados entre os dias 1º e 3 de maio, em...
O Plenário da Câmara Municipal elegeu na tarde desta terça-feira (6) o vereador Michel Kary (PL) para o cargo de vice-presidente da Casa para o restante do biênio 2025-2026. Houve quatro candida...
As inscrições para o vestibular da Fatec (2º semestre de 2025) seguem abertas até 6 de junho. O valor da taxa de inscrição é R$ 50. A Fatec de Araraquara disponibiliza 200 vagas em cinco cursos sup...
O conteúdo do Portal da Câmara Municipal de Araraquara pode ser traduzido para a LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) através da plataforma VLibras.
Clique aqui (ou acesse diretamente no endereço - https://www.vlibras.gov.br/) e utilize a plataforma.